terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ariops!


Em tempos, uma proposta que foi ao Congresso do PSD e que foi aprovada pelos militantes.
No fim do Congresso, quando os jornalistas leram finalmente o que se tinha aprovado, chamaram a atenção para o assunto.
Levantaram-se, então, as críticas. Pela forma como a notícia saiu, estavam todos, ou quase todos, contra aquela medida.
A semana seguinte ficou marcada pelas críticas vindas dos mais diversos quadrantes políticos mas também de militantes do PSD, muitos deles que tinham participado nesse Congresso.
Confesso que, pela forma como a medida foi apresentada aos olhos da opinião pública, compreendia que a generalidade das pessoas a criticasse. Mas percebia o contexto, compreendia os fins que visava atingir. Conhecendo o PSD como conheço, teria votado a favor dessa medida.
O que interessa é que os congressistas, eleitos para participarem naquele Congresso, votaram a favor. Dias depois estavam todos contra, o que sugere que havia uma maioria esmagadora de pessoas que não sabia, ao certo, aquilo que votava.
Isso é confrangedor.
Ontem, ainda que a história nos tenha sido contada de outra maneira, o que é certo é que o líder socialista, que também é deputado, anunciou um sentido de voto que, minutos depois e na bancada parlamentar, não foi seguida nem por si nem pelo seu partido.
Não se tratava, ali, de uma estratégia interna de potenciar as hipóteses do seu partido vencer eleições. Estavam em causa propostas concretas sobre o Orçamento Geral do Estado, que vai custar caro ao bolso dos portugueses.
O que aconteceu é grave, porque ficamos com a ideia de que os deputados socialistas, na sua maioria, não sabia o que votava. Pior do que isso, não sabia como votar.
É ainda mais grave tendo em conta que se tratava do Orçamento de Estado para o ano que vem e o líder socialista e, nessa qualidade, iminente candidato a Primeiro-Ministro de Portugal mudou de ideias muito mais depressa do que qualquer pessoa muda de camisa.
Isto passou despercebido aos olhos da opinião pública, porque existe uma maioria de portugueses que não percebe como existem ainda socialistas portugueses depois do que os socialistas fizeram a Portugal, não dando relevância ao que fazem ou dizem os socialistas. Mas é grave, é muito grave. É muito mais grave do que aqueles congressistas do PSD que votaram a favor de uma coisa que não sabiam o que era e que depois, quando souberam, eram todos contra.
Tudo isto afecta gravemente a visão que os portugueses têm sobre a qualidade da classe política. Mas deixa a nu que o PS mudou a cara para continuar igual: tem tanto valor a palavra de Seguro como o valor que tinha, ou não tinha, a palavra de senhores como Pinho, Lino ou Sócrates.
E, como Pinho, Lino ou Sócrates, Seguro tem também os dias contados.
Não há ninguém que queira, na política, aqueles truques de magia.
É na Ota. Ariops(!), é em Alcochete.
Acabou a crise. Ariops(!), aumento da dívida, do défice, do desemprego, dos impostos.
Voto assim cá fora. Ariops(!), estou cá dentro, voto assado!

3 comentários:

Luis Silva disse...

Nem mais! Assim é que se fala!! o único Partido que fala sério e nunca mentiu é o nosso PPD/PSD! e que falta nos faz o Pedro Santana Lopes como 1º ministro, aí é que eles iam ver, como é era fazer politica a sério!

Bem haja

maria disse...

A História diz que o único partido que realmente se preocupa com Portugal é o PPD/PSD, o único que consegue, com alguns erros, tirar o país da desgraça que o anterior governo (ps) o deixou...tem sido assim desde o 25 abril...

Mas de que adianta? Quando tiverem equilibrado mais ou menos as coisas, se bem que agora vai ser mais difícil, vem de novo o ps e dá cabo de tudo outra vez.

Ninguém quer que o PPD/PSD tenha sucesso, muito menos o Pedro Santana Lopes, é por isso que correm com ele de todo o lado...se bem que quando o tiraram do governo, não foi só o PR e a oposição que tiveram a culpa...

Infelizmente no próprio PPD/PSD ainda há muito "velho do Restelo" que está agarrado ao poder...Pedro Santana Lopes é um homem sério, rigoroso, inteligente e ao mesmo tempo popular...

Bjs :)

Luís Silva disse...

Bem, mas a História também diz que de 1983 a 1985, o cargo de Ministro das Finanças e do Plano foi o Prof. Hernâni Lopes com o 1º Ministro Mário Soares que negociaram a adesão à CEE e aplicaram o programa do FMI! O tal governo do Bloco central PS/PSD.

E será que os governos do PSD com o Prof. Cavaco Silva souberam aproveitar os milhões que nessa altura entraram em Portugal ou desbaratara-nos em “formação profissional” que encheu os bolsos a muita gente???

A História é como o algodão, não engana!

Bem haja