quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O discurso do que poderia ter sido

Há um ano, critiquei com veemência aqueles que se serviram do Sporting para ganhar visibilidade para outro tipo de negócios, com objectivos exclusivamente pessoais. Mas chega. Chega! O que poderia ter acontecido, simplesmente, poderia ter acontecido. Mas não aconteceu. E, se não aconteceu, não aconteceu. Ponto final. 
Para ter acontecido, os estatutos teriam de ser outros. Mas não eram, não foram. E, porque não eram nem foram, não eram nem foram. Acabou! 
Criticar, hoje, o que aconteceu e não deveria ter acontecido e dizer que o que poderia ter acontecido seria diferente para melhor, é assumir um discurso inconsequente e marcado por uma incerteza que nunca, nunca mesmo, pode vir a ser sequer demonstrável. É assumir um discurso que não se diferencia do discurso que, há um ano, se criticava. Porque esse discurso, sendo assumido hoje, não serve os interesses do Sporting, não prossegue sequer o ideal sportinguista numa das vertentes que Salazar Carreira deixou para a eternidade em 1924. Serve, exclusivamente, interesses pessoais numa busca incessante de um protagonismo oportunista, que merece total condenação, porque é uma janela de protagonismo que é aberta e aproveitada à custa de um mau momento do Clube que todos devemos servir.
Dentro da liberdade que a lei nos confere, temos o direito e, por vezes, o dever de criticar. Mas, numa altura em que as decisões estão tomadas, e devendo todos continuar atentos e exigentes, cabe-nos a todos defender os superiores interesses do nosso Clube. 
Em Janeiro, e depois de uma exibição pouco conseguida, um site de apoio colocou uma imagem antiga que dizia que "se soubessem o que este leão significa para nós, morriam em campo para nos dar a vitória". O novo treinador sabe o que este leão significa para nós. E sabemos, todos, o que este leão significa para o novo treinador. Estamos, por isso, em perfeita sintonia. Não a quebremos. E não percamos tempo, olhando para o passado, ainda que possamos discordar ou, simplesmente, lamentar. 
Não há nenhum de nós que esteja acima do Sporting. Não há nenhum de nós nem nenhum dos outros. Permaneçamos, por isso, fieis ao que está acima de nós. Porque os Domingos acabam à segunda-feira. E o Sporting continua... 

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