sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

"Nós, no PSD, somos assim."


Na sequência do artigo publicado por Henrique de Freitas, autarca do PSD em Lisboa, no blog onde é um dos membros e de um outro artigo de opinião do colega do Partido e da blogosfera, Luis Cirilo, acerca da possível homenagem que Carmona Rodrigues tenciona fazer ao ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, venho, deste modo, expressar a minha total solidariedade para com Pedro Santana Lopes.
É inacreditável um Presidente da CML, que foi eleito com o apoio do PSD, assim como os seus vereadores, quererem homenagear um homem que dissolveu a Assembleia da República, que tinha, na altura, uma maioria, legítima, social-democrata. No PSD sempre houve um grande espírito de entre-ajuda e, na minha opinião, esta homenagem não pode acontecer. Não é uma atitude própria de membros do PSD. Falo, obviamente dos veradores, tendo em conta que Carmona não se encontra filiado a qualquer partido político. Contudo, a acontecer, não compreendo por que motivo seria apenas Jorge Sampaio a ser homenageado, pois Santana Lopes foi um Presidente que revitalizou a cidade de Lisboa. Além disso, creio que o Partido deve estar muito grato ao actual deputado, Pedro Santana Lopes, visto que este, em nome do Partido, decidiu avançar para Lisboa, ganhando as eleições. Caso contrário, duvido, sinceramente, que o PSD , nos próximos 10 ou 20 anos, saisse vencedor nas eleições autárquicas, em Lisboa. Além disso, Santana Lopes teve a coragem de aceitar governar os portugueses numa altura muito difícil.
Obviamente, como social-democrata e como português, discordei, totalmente da dissolução da Assembleia da República. É importante salientar, porque muita gente não percebeu bem o que aconteceu, mas o que aconteceu não foi uma demissão do governo, pois Sampaio não conseguiu arranjar nenhum motivo legal para o fazer, tendo dissolvido a A.R., facto que, consequentemente, fez cair o governo, liderado por Pedro Santana Lopes. Discordei, também, pelas mesmas razões, das constantes críticas que Marques Mendes fazia, publicamente, ao governo social-democrata. Não é que ache que todos, como sociais-democratas, tenhamos de concordar com os governos do PSD, mas a questão é que existem locais próprios para estas críticas serem feitas, achando de má-fé fazerem-se críticas, publicamente, a um primeiro-ministro, apoiado pelo nosso Partido.
Considero que a atitude de Carmona e de Marques Mendes para com Pedro Santana Lopes só revela uma enorme ingratidão.
Com tudo isto, tenho esperado por uma reacção de Marques Mendes e dos vereadores sociais-democratas da Câmara de Lisboa e condeno a intenção de Carmona Rodrigues e, sobretudo, (a ser verdadeira, a intenção) dos vereadores, assim como condeno o silêncio de Marques Mendes. E estou solidário com Pedro Santana Lopes.

4 comentários:

João Faria disse...

De Carmona Rodrigues também não era de esperar coisas boas.
Quem despede pessoas competentes para dar emprego a pessoas incompetentes,como se tem visto em casos como o Tunel do Marques, entre outros,é capaz de tudo.
Pena não ver nenhuma alternativa de jeito para a nossa cidade. Carrilho também era muito mau!

Rodrigo Mello Gonçalves disse...

António, obrigado pela referência ao "crónicas". Já agora, dá uma espreitadela ao "gazeta lusitana".
Bom ano, para ti e para a tua família. Saudações Alfacinhas.

Luis Cirilo disse...

É preciso perceber,até as ultimas consequências,quem está envolvido nisto.
De Marques Mendes a Paula Teixeira da Cruz não podem existir ambiguidades nem meias palavras.
Quem concordar com a homenagem está contra o PSD,está contra a nossa história,está a avalizar a injustificável dissolução da assembleia da republica que deu a maioria absoluta a Jose Socrates.
Nesta matéria ou se é branco ou preto.
Nao há lugar ao cinzento.

Luis Cirilo disse...
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