quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
Sem espinhas!!
Como falei, no passado dia 12, terça-feira, realizaram-se as eleições para a Comissão Política da Secção de Algés do PSD.
Esperava-se uma grande corrida às urnas por parte dos militantes e foi isso que aconteceu, pois estavam frente a frente dois movimentos de militantes com ideias distintas. Uns que ao longo destes dois anos desvalorizaram, por completo, os militantes e outros que queriam devolver à Secção os valores que fizeram nascer e crescer o PSD de Sá Carneiro. Uns que fecharam as portas do Partido à população e outros que queriam abrir as portas da Secção a novas pessoas, novas ideias e novos valores. Uns que apoiavam o comportamento ditatorial, ao estilo da PIDE, e outros que queriam dar valor às bases. Uns que apoiavam a estratégia adoptada por Amaral Lopes, Presidente da CPS até esse dia, por Paula Teixeira da Cruz e por Luís Marques Mendes. Outros que queriam um Partido dinâmico, aberto ao povo e de forte oposição ao governo.
Das 5 da tarde às 11 da noite, o clima que se viveu na Secção era normal: muitas movimentações, grandes expectativas e uma elevada afluência às urnas. Foi perto das 8 da noite que me dirigi à Secção para ver como estava a correr este acto eleitoral e uma coisa que notei, logo, foram os rostos calmos com que os membros da lista B olhavam para estas eleições. No tempo que ali estive, falei com muitas pessoas que viam estas eleições como um sinal de esperança, sobretudo os mais idosos. Adivinhava-se uma grande vitória da lista B, porque, normalmente, quando há um elevado número de pessoas que vai votar é sinal de descontentamento e de se querer uma mudança.
Curiosamente, fiquei espantado quando me deparei com os membros da lista A. Eram poucos, os mesmos de sempre, sozinhos, perturbados, inquietos, fechados num grupo à parte, todos vestidos de preto. E, sabem, é assim que caracterizo a liderança de Amaral Lopes, Paula Teixeira da Cruz e Marques Mendes, nestes últimos tempos: tristes, apáticos, isolados, fechados, sós… Completamente, sós.
Durante 6 horas, tiveram a voz os militantes e foi perto da meia-noite que se souberam os resultados. A lista B obteve uma vitória esmagadora. No momento em que foram divulgados os resultados, veio-me uma coisa à cabeça. Pensei que líder não pode ser qualquer um. Para se ser líder é preciso ter capacidades e perfil para tal. Um líder tem de saber liderar a maioria, divulgar as intenções e os valores da maioria e bater-se pelos mesmos. Quando assim não acontece, a maioria “abate” os líderes. Houve ali, naquele momento, uma grande vitória dos militantes, num sinal claro de descontentamento face aos tais supostos “líderes” que já falei. Foi uma vitória clara, da qual não se pode ter outra interpretação, senão a de, pelo menos, em Algés, se querer uma mudança.
Nas duas horas após se ter tido conhecimento dos resultados, havia dois sentimentos: enquanto os militantes do PSD, os expulsos do Partido e os “não aceites” festejavam esta grande vitória, o tal “grupo” à parte, desanimado, fazia telefonemas, arranjava barafundas e, mais uma vez, mostrou não gostar de saber a opinião dos militantes. Lembro que esta vitória só não foi ainda mais esmagadora porque o voto foi, por um lado, restringido e, por outro, quase que se pode dizer que foi imposto.
No primeiro discurso, os dois candidatos eleitos para Presidente da CPS e para Presidente da Mesa dedicaram esta vitória ao trabalho de vários militantes, como os que já destaquei, no texto anterior, e mostraram a intenção de voltar a entregar a Secção aos militantes, além de abrir a porta aos que foram expulsos e aos que não foram aceites. Porque todos somos poucos e o Partido precisa de todos para voltar a ter a confiança dos portugueses.
E pronto. Está retomada a normalidade e a legalidade na Secção de Algés do PSD. Julgo que várias pessoas devem reflectir sobre este resultado.
Concluo, afirmando que o PSD está vivo, que os militantes estão atentos e que esta vitória, em Algés, foi, apenas, o primeiro sinal...
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10 comentários:
E QUE FOI MESMO SEM ESPINHAS
Foi uma grande vitória.
Seguramente a primeira de muitas para aqueles que acreditam num PSD dos militantes,fiel ás suas origens,inovador,reformista e inconformado perante um país a marcar passo.
Foi uma grande vitória,uma vitória daqueles que,como a Helena Lopes da Costa,acreditam sinceramente que é possivel bater Sócrates em 2009.
Mas para isso o partido tem de mudar de vida.
Rápidamente
Este blogue tambem nao fecha agora como o cais da linha pois n?
mais nada! muito bem dito. Parabéns a ti também rapaz
Antonio: em primeiro lugar esta não pode ser vista como uma vitória dos militantes pois foi uma decisão longe da unanimidade. depois é uma grande derrota da credibilidade e por fim, é uma grande derrota do PSD!Assim nunca seremos governo!
NUNCA SEREMOS GOVERNO COM LUIS MARQUES MENDES!
CAMBADA DE CEGOS
Parabéns pelo post António... o dia 12 de Dezembro marcou o ponto de viragem do PSD de Algés. E virou para muito melhor.
Bem valeu o esforço, as horas de trabalho, o cansaço e a entrega.
Esta foi uma prova de como as irregularidades e fraudes não vencem a verdade.
O trabalho, a entrega, a persistência e a verdade venceram, e estas convergem no rosto da Helena Lopes da Costa.
Então mas não havia fraude eleitoral? E agora foi sem espinhas.Que cambada de charlatões. Esta senhora é um FANTOCHE à semelhança do HELVÉTICO.
O ultimo comentador mostra que quando não se tem a consciencia tranquila ou que achamos que o que dizemos não faz qualquer sentido e não é correcto se deve esconder a identidade.Sr anónimo se está tão certo do que diz, identifique-se para podermos partilhar ideias e melhorar o nosso partido.
António desejo as maiores felicidades à tua mãe nesta nova etapa.
Posso desde já dizer-te que após ler o teu blog fiquei mais interessado em participar activamente na construção de um partido melhor, e como tal pondero seriamente a hipótese de me filiar na JSD.
Como poderei fazê-lo?
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