segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Preocupado


Como prometi, após uma curta pausa, devido aos Exames da Universidade, voltei. Já estive a navegar por vários blogs e, confesso, estou surpreso. É que em pouco mais de 15 dias, ninguém criticou, ou sequer pediu explicações aos ministros socialistas que têm tido um comportamento negativo, prejudicando os portugueses.

Começo pela Ministra da Educação. Ainda em relação aos Exames Nacionais do 12ºano, que também eu realizei no ano passado, vários alunos resolveram avançar com uma queixa em tribunal. Todos sabemos que houve falhas nos Exames e o tribunal deu razão a 5 alunos, em relação às provas de Química. Portanto, o tribunal mostrou a sua discórdia com o despacho da sra.Ministra. Os alunos repetiram os exames e pediram indeminizações pelo impacto que a falha do Ministério da Educação teve nas suas vidas. À custa desta falha, os nossos impostos andam mais uma vez a ser mal aplicados e muitos alunos foram prejudicados. E a Sra. Ministro, o governo e a oposição continuam indiferentes a esta matéria. Parece que ninguém quer saber dos estudantes que, no fundo, são o futuro do país. Ninguém falou da ausência de provas-modelo, que foi talvez o que mais prejudicou os alunos. É que, para quem não sabe, o ano que passou era um ano de passagem da reforma antiga para a reforma nova, feita pelo governo do PSD, e o facto de não terem sido feitas provas-modelo prejudicou-nos a todos, em relação aos alunos que tinham feito os Exames no ano anterior.

Já, o Ministro das Finanças viu o Tribunal de Contas dizer que alguns números que tinham sido apresentados pelo ministro não correspondiam à realidade. Além disso, o Tribunal deu centenas de conselhos ao Ministro e ainda pode vir a aplicar multas aos responsáveis do Ministério das Finanças que, de acordo com este orgão fiscalizador, realizaram pagamentos à margem do Orçamento do Estado durante o ano de 2005. E ninguém diz nada! Que estranho. Se isso fosse no tempo do Durão Barroso ou do Santana Lopes, este tema tinha uma semana garantida na capa de todos os jornais, abrindo telejornais, o governo seria alvo de uma grande oposição, que consequentemente iria culminar com a contestação dos populares.

Outro assunto que me tem feito alguma confusão é o do "não-salvamento" dos pescadores na praia da Légua, Nazaré. Parece-me incrível como não se conseguiu que fossem salvos os pescadores. É que a 30 metros da costa, há a obrigação de os salvar. Mas teve de vir um helicóptero do Montijo (será que quando se chamou o helicóptero, alguém acreditava na possibilidade de salvar as pessoas?), que durou 2 horas a chegar ao local. Disse o Ministro da Defesa que não é possível fazer melhor. E eu pergunto porquê. Eu fui este ano ao Dia da Defesa Nacional e vi os tais dois submarinos que Paulo Portas queria que fossem substituídos. E serão, em 2009, se bem me lembro. Obviamente que se tinha de comprar, porque os outros eram inúteis. Estavam a desfazer-se, de podres.
Na minha opinião, o primeiro responsável da morte dos pescadores é o Ministro. Se não há meios, há que os ter. É preciso trazer pessoas para as Forças Armadas e ter mais meios. Sobretudo, porque se está a tratar de vidas humanas. Porque já conseguimos perceber que os meios que temos são ineficientes e ineficazes.

Finalmente, o Ministro da Saúde disse que vai despedir médicos, porque chega a haver "30 médicos para 30 camas". E pergunto eu, será que o problema está no número de médicos? Eu já falei dos números de pessoas em lista de espera, que poderão ser agravados se o referendo do aborto tiver como resultado uma vitória do SIM. A quantidade de médicos que temos é ineficiente. E o que faz o governo? Despede-os e fecha hospitais. E ninguém diz nada...

1 comentário:

Anónimo disse...

Claro que não diz, nem vai dizer, de tal forma este país se transformou num asilo de mentecaptos e/ou ovelhas.

Basta olhar para os números da Eurostat para se ficar a perceber o quanto interessa aos "clínicos da Morte" - disponível aqui:

http://www.apfn.com.pt/aborto/Numeros.pdf
http://www.ipfe.org/informeaborto19852005.pdf