quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Jardim da insatisfação


Todos sabemos que o Presidente do Governo Regional da Madeira é uma pessoa diferente. É conhecido por ter trazido qualidade de vida aos madeirenses e por tudo fazer para trazer mais benefícios para a Região Autónoma da Madeira.

Assim, esta demissão é coerente com tudo aquilo que Jardim tem feito nestes anos. Agora, há uma coisa que não concordo. Não me parece que eleições antecipadas, mesmo quando exista uma maioria absoluta para governar, possam trazer instabilidade. Pelo contrário, pedindo ao povo que se pronuncie é um sinal de plena vitalidade democrática. Por outras razões, penso que o mesmo devia ser seguido por Carmona Rodrigues, na Câmara da Lisboa para que se possa trazer alguma estabilidade à governação camarária.

Além de tudo isso, Alberto João Jardim tinha um programa para governar a Madeira. Mas esse programa seria feito com uma verba X. Se, por motivos alheios ao Governo Regional, a verba não é a que estava prevista, então há que reformular o programa e o facto de ir a votos daria uma maior legitimidade a Alberto João Jardim para prosseguir a sua governação. No fundo, o que está em causa é Jardim dizer aos madeirenses que não consegue, com esta diminuição das verbas para a Madeira, cumprir o que apresentou aos madeirenses, apresentando-lhes um novo programa.

As prováveis eleições antecipadas na Madeira são, curiosamente, o primeiro sinal mais sério de oposição ao governo, oriundo directamente do PSD. Neste caso, o PSD Madeira parece convicto na vitória do Partido nas eleições que pede, servindo este facto para fazer alguma pressão sobre o governo do Partido Socialista e para mostrar algum descontentamento face ao que os madeirenses consideram ser uma má lei, aprovada pelo PS.

Pode não haver mais dinheiro para a Madeira, mas é sempre um sinal de mostrar alguma insatisfação e de apresentar um novo programa para os próximos anos. Nada mais que isso.

2 comentários:

Luis Cirilo disse...

Caro António
Estive apenas duas vezes na Madeira. A primeira em 1986 com o "meu" Vitória de Guimarães e a segunda em 2003 numas jornadas parlamentares do PSD.
Nesta segunda oportunidade,dezassete anos depois da primeira estadia,pude constatar o extraordinario desenvolvimento que a Região experimentava fruto dos governos de Alberto Joao Jardim.
Acredite que constatei uma diferença abismal.
Por isso me rio,quando os comentadores,jornalistas,politicos do continente troçam de Jardim,desdenham as suas posições,tem atitudes de pretensa superioridade face as opções do povo da Madeira.
Se durante trinta anos os madeirenses escolheram claramente AJJ foi por uma simples razão:tem governado muito bem a Madeira.

Anónimo disse...

Ha alguem que faz oposicao! Pelo menos isso!