segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Parasitas perigosos


Estamos a uma semana do referendo sobre o aborto. Chamem-me fundamentalista, se quiserem, mas não consigo compreender sequer o motivo deste referendo. Numa tentativa de enganar as pessoas, os partidários do SIM têm dois únicos argumentos: a despenalização da mulher e o fim do aborto clandestino. Ora, se não há nenhuma mulher presa por ter abortado e se não há nada que comprove que o aborto clandestino vá acabar, não há nenhum motivo para se votar de outra maneira sem ser no NÃO.
O problema é que entre as pessoas que defendem o NÃO existem diferenças de opiniões. Uns são contra a liberalização, outros contra a despenalização e outros são contra a liberalização mas a favor da despenalização. Estas diferenças tem confundido os portugueses. Mas permitam-me que vos diga que esta diferença de opiniões apenas enriquece o voto no NÃO, contrastando com um SIM homogéneo e vazio.
Tive, hoje, a oportunidade de falar com uma pessoa do Bloco de Esquerda que dizia que a sociedade não devia ter moral nem valores. Cada um devia agir pela sua cabeça. Daí estes parasitas de extrema esquerda, que querem corromper a sociedade e gerar o caos e a anarquia, quererem entre outras coisas, poucas, liberalizar o aborto e legalizar as drogas leves. Mas eu acho que uma vitória do SIM neste referendo vai ser muito prejudicial para a extrema esquerda. É que com o aborto liberalizado, resta apenas a legalização das drogas leves para terem alguma coisa por se bater. Ao PS falta ainda a legalização do casamento entre homossexuais. É que se Espanha é um exemplo de modernidade, vamos copiar as ideias deles, acabando com a cultura e com os valores portugueses.
Não vou continuar com os argumentos pelos quais me tenho batido, mas a solução para acabar com o aborto clandestino não está em liberalizá-lo, mas em combatê-lo. Pela saúde da mulher e pela vida do filho. Nunca se deve substituir um mal por outro mal, mesmo quando este último seja um mal, relativamente, menor. Pouco menor. Apenas se pode combater o aborto clandestino com a lei preventiva que vigora neste momento. Talvez com ligeiras alterações (melhorias), mas nunca em todas as circunstâncias até às 10 semanas de gravidez.

Como vou estar em campanha pelo NÃO, deixo-vos aqui 2 exemplos de coisas que vão acontecer. Isto sim, prever situações, é ser responsável:

- O pai quer ter o filho e a mãe não. Então, como querem liberalizar o aborto em todas as circunstâncias, desde que seja por vontade da mulher, a mãe aborta e o pai que queria o filho fica sem ele. E a igualdade entre pai e mãe? Para mim, bastaria um querer para o filho nascer...

- Todos sabemos que entre os 24 e os 30's anos, os jovens que trabalham estão sujeitos a grandes pressões. Como existe a possibilidade de escolha, entre nascer ou matar o filho, os patrões vão pressionar as mulheres para que as mesmas abortem...

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