segunda-feira, 30 de abril de 2007

Benfica 1 - 1 Sporting


Pedro Henriques é o melhor árbitro português. Vi o Benfica – Sporting no estádio. Paguei, como milhares de sportinguistas, 50 euros para ver o que eu esperava ser uma vitória do Sporting. Mas fiquei, em primeiro lugar, surpreendido com as desculpas de mau “perdedor” dos benfiquistas quando se diz que o Caneira deveria ter sido expulso. Não devia. Na primeira falta, o Miccoli estava na altura a movimentar-se para a direita, pelo que não se iria isolar para a baliza. Quanto à falta, o puxão da camisola é insuficiente para derrubar um homem. Uma mulher, talvez. Um homem com mais de 60 quilos não cai com um puxão mínimo como aquele. Depois, a segunda falta, não existe, pelo que se o jogador grego do Benfica simulou, deveria ter levado cartão amarelo. Os teatros e as palhaçadas São noutros locais e não nos estádios de futebol.
De resto, não há mais nenhum caso, excepto quando um defesa do Sporting leva com a bola na barriga e se pede, incrivelmente, penalty. Não percebi e continuo a não perceber porquê.
Quanto ao jogo, até ao primeiro golo do Benfica, que surgiu contra a corrente do jogo, o Sporting dominava, controlava e parecia encaminhar-se para uma boa exibição. Mas o golo do Benfica acabou por equilibrar o jogo. Se analisarmos as oportunidades de golo, o resultado é justo. Sublinho apenas a ideia de que nos primeiros vinte minutos, o Sporting merecia, só por isso, vencer. O Benfica em 90 minutos não criou oportunidades e não jogou tão bem como o Sporting naqueles 20 ou 25. Assim, se alguém tivesse de ganhar, seria o Sporting, mas o empate aceita-se pela falta de sorte nos ressaltos, que o Benfica ganhava sempre, e pela falta de pontaria de Tello e Liedson quando estavam praticamente sozinhos à frente da baliza do Benfica.
O Sporting não ganhou porque não deu para ganhar. Não teve sorte. O Benfica bateu-se, mal ou bem, mas acabou por fazer com que o Sporting não realizasse um jogo tão bom como os últimos seis ou sete.
Os melhores do Sporting foram Liédson e Tello. O pior foi Nani. No Benfica, na minha opinião, só houve três jogadores: Miccoli, Petit e Léo.

Quanto à organização do jogo, devo dizer que fui roubado. Durante uma semana, fiz um estandarte e uma bandeira. Mas a organização do jogo não deixou entrar os paus das bandeiras no estádio. Isso até percebo. Mas fui roubado, porque um tal steward resolveu apreender uma faixa que dizia “Deus no Céu, Sporting na Terra”. Não é ofensivo, não é anti-desportivo, não tem nada de mal. Assim, contactarei o Sport Lisboa e Benfica para pedir uma resposta a esta situação. O pano, as tintas, os paus e o meu trabalho têm um preço. E não é por ter havido incidentes entre os benfiquistas e a polícia, nem por ter havido problemas entre os adeptos do Porto e os do Benfica, que vou pagar por erros e irresponsabilidades das quais não tenho culpa alguma.
Os “Diabos Vermelhos” colocaram uma faixa a dizer “Liberdade para os Ultras”. Estiveram bem, porque sem nós, adeptos, o futebol não teria interesse. Digo mesmo que sem os adeptos, não haveria futebol.
Falei com a sub-comissária da PSP que compreendeu a situação. Devo dizer que em tudo o que era responsabilidade da polícia, não há nada a apontar sem ser que fizeram um óptimo trabalho. Entrámos a horas (1 hora antes!), facto que é inédito. Quanto à organização do jogo, em si, portanto, tudo o que diz respeito ao Benfica, devo dizer que fui roubado e que se eu sou punido quando roubo, o Benfica também o deveria ser. Ladrões!
Ainda esta semana, os Super Dragões foram impedidos de entrar na cidade de Lisboa, por ordens da Direcção do Benfica. Mas em que país é que estamos?
Se houve cadeiras partidas (vi duas) foi porque estavam duas ou três pessoas na mesma cadeira. O espaço era pequeno para tanta gente. Não houve incidentes, pelo que todos os adeptos dignificaram a curva leonina.
Quanto ao Sporting, a tarefa é muito complicada, tanto para chegar ao primeiro lugar, como para manter o segundo. Mas a fé não acaba e a esperança é verde...

Sem comentários: