sábado, 19 de janeiro de 2008

A selva


Gostava de sublinhar a relevância de um problema que trouxe para discussão há tempos, através de um artigo que publiquei neste mesmo blogue.
Numa das margens da ribeira de Algés ao pé dos conhecidos prédios cor-de-rosa, atrás do campo de ténis, existe uma "quinta", onde um casal vive com vários cães. Cães que ameaçam, diariamente, a vida de outros cães e das próprias pessoas.
Repito (porque já tinha escrito sobre isto!) apenas alguns exemplos. O meu cão já ficou sem andar por ter sido atacado por alguns desses cães. Ficou com uma ferida no olho e foi pela intervenção imediata de várias pessoas que não ficou cego. O que aconteceu ao meu cão já aconteceu a muitos outros.
O problema agrava-se quando esses cães resolvem atacar as pessoas. Já me tentaram morder várias vezes e já morderam mesmo uma pessoa que fazia o normal passeio de bicicleta de fim-de-semana. E atacam os donos de outros cães. Como me aconteceu a mim. Graças a Deus, em duas noites fui ajudado por uns senhores que, por sorte, estavam no sítio certo à hora certa. Mas, como eu, vários cães e algumas pessoas não têm tido tanta sorte.
Este facto é do conhecimento da PSP. Eu próprio já lá fui duas vezes. Mas diziam que teriamos de apresentar queixa na Polícia Municipal. Foram feitas várias queixas. Mas, ao que sei, nenhuma polícia resolveu o problema. Nem fez por isso. Porque tudo continua na mesma.
Dei também a conhecer esta situação à Junta de Freguesia. Sem consequências.
Naquele sítio, vejo várias vezes crianças a passear os seus cães. Imaginemos que um dia uma criança é atacada. Fica ferida. Ou pode até morrer. Não é preciso imaginar muito, porque já aconteceu em outros pontos deste mesmo país. Mas isso pode, e vai, infelizmente, acontecer aqui, se tudo continuar assim.
Ainda hoje, tive de dar uma corrida porque me cruzei com um desses cães. Faço, agora, figas para que ninguém passe ali a passear o cão, apesar de todos os dias passarem ali várias dezenas de pessoas a passear os seus cães
Não fiz queixa na Polícia. Para quê? Em Portugal, primeiro tem de acontecer uma de três coisas para que a Polícia actue: ou o assunto sai na comunicação social, ou alguém fica ferido gravemente ou morre. Até lá, as pessoas têm de andar com pedras nos bolsos para atirar aos cães quando estes vêm para atacar, como uma vizinha minha faz.
Mas esperemos então para ver o que é que acontece. Eu só espero é que não seja nada de grave...

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