domingo, 11 de fevereiro de 2007

Vitória das máquinas partidárias de esquerda


Hoje, dia 11 de Fevereiro, foi a votos a intenção do Partido Socialista, e de toda a esquerda, de fazer uma lei que liberaliza o aborto até às 10 semanas. Ganharam, com cerca de 60%. O NÃO, apoiado pelo CDS e pelo PNR, perdeu. Mas permitam-me que vos diga que estes perto de 40% do NÃO representam as famílias, os independentes, os movimentos de cidadãos que quiseram contribuir com a sua opinião para o debate público sobre esta matéria. De resto, este é o único sentido em que existe, claramente, uma vitória do NÃO. Não nos podemos esquecer que, em 1998, o SIM não tinha o apoio do Partido Socialista e teve-o agora, o que fez, na minha opinião, toda a diferença. Além disso, este referendo é feito numa fase ascendente da esquerda, que se deve à ausência de direita no panorama político nacional. O PSD não existiu neste referendo e o CDS, dada a matéria, devia ter tido uma maior intervenção. Não é, contudo, hoje, a altura certa para arranjar culpados, apenas com o resultado deste referendo. Mas sublinho o fantástico entusiasmo e entrega de todos aqueles cidadãos que deram a cara pelo NÃO. E digo-o porque deram a cara quando não tinham nada a ganhar com o resultado deste referendo. Aliás, ninguém que defendeu o NÃO tinha a ganhar com uma possível vitória, que acabou por não acontecer. Foi apenas uma questão de defender os valores de cada um. Obviamente, houve várias coisas que falharam, mas não se pode apontar o dedo a cidadãos comuns que apenas defendem, com os meios possíveis, os seus valores e as suas convicções.
A vitória do SIM é clara e deve-se a um conjunto de factores que foram cruciais: a intervenção socialista, na AM de Lisboa, foi a base desta vitória. Lembro que o SIM obteve perto de 70% em Lisboa. Logicamente, foi uma campanha mentirosa e fundamentalista da esquerda, que não deixou espaço ao NÃO para mostrar os seus argumentos. A campanha do PS, principalmente em Lisboa e no Porto, foi vital, principalmente nesta última fase da campanha, em que o NÃO se aproximava muito dos resultados de 1998. Do lado contrário, o meu, o do NÃO, não houve resposta a esta intervenção socialista, simplesmente devido à falta de meios, que é perceptível visto que as plataformas do NÃO eram constituídas por cidadãos independentes. Mas há outros factores que originaram a vitória do SIM. Por exemplo, não chegou à esmagadora parte das pessoas que não se tratava da despenalização da mulher que aborta, mas de uma liberalização da prática do aborto até às 10 semanas. Os portugueses não ficaram esclarecidos quanto ao que iria acontecer caso o SIM ganhasse, o que aumentou as suas expectativas, já que todos perceberam que se o NÃO saisse vencedor, tudo iria ficar na mesma. Este facto é importante visto que as pessoas estão descontentes e o facto de alguma coisa ficar igual (portanto, não mudar) assusta-as, mesmo quando se trata da defesa da vida humana e da saúde da mulher. Já que falo na saúde da mulher, o facto de o aborto ser sempre prejudicial para a mulher não chegou às pessoas. O que chegou foi apenas que o aborto clandestino pode causar danos irreparáveis, o que é verdade, mas é, no meu ver, incompleto. Enfim, poderia estar aqui o resto da noite a escrever, mas se o SIM ganhou foi por teve uma máquina partidária do PS a funcionar de uma forma eficaz. Ao PS, juntou-se toda a esquerda, enquanto a direita estava monótona e pouco interventiva, deixando a defesa do NÃO, apenas, para as famílias e para os movimentos de cidadãos. Vamos lutar por melhores condições no SNS, vamos estar em cima para defender os direitos das vidas inocentes dos filhos que morrem apenas por irresponsabilidade dos pais, vamos defender os nossos valores e vamos continuar a acompanhar, também sem interesses e na qualidade de cidadãos responsáveis as mulheres com dificuldades e as crianças que nascem com poucos meios. Vamos lutar sempre, mas sempre, mesmo, pela vida. De resto, o NÃO não pode e não deve acabar hoje. Pelo contrário, deve ser a primeira cara da defesa da vida e de uma futura lei, na qual tem de constar o planeamento familiar e o acompanhamento médico. Mas se apenas constar na mesma o aborto livre, lutaremos e responderemos, sempre "aborto livre? NÃO, OBRIGADA".

6 comentários:

Anónimo disse...

Cala-te e não digas asneiras

Anónimo disse...

sem duvida q a vitoria do sim neste referendo e uma vitoria do ps q contou com o apoio de todo o apatico bloco centra levado a cabo por mm.

Anónimo disse...

e verdade!!!aqui esta a primeira vitoria de paula teixeira da cruz nos ultimos anos, porque com a indiferenca perante a situaçao em lisboa em que ela é uma das principais responsaveis...andou na suiça a passear-se a dar papeis pelo sim, como os socialistas. este nao e nem pode ser o psd para atacar o futuro.

Anónimo disse...

NÃO HÁ MAIS NADA A DIZER. NO REFERENDO VIU-SE A VONTADE DO POVO DE DESPENALISAR AS MULHERES

João Faria disse...

Povo de merda.

Anónimo disse...

trankillo daki a 9 anos fazemos outro referendo!