terça-feira, 14 de agosto de 2007
Eu apoio Luis Filipe Menezes
Os dois últimos anos trouxeram ao PSD e ao País o pior que deles se poderia esperar. As eleições directas que vão decidir qual será o futuro líder do PSD são importantes por serem muito mais que a escolha de uma pessoa para liderar um partido político.
Estes dois últimos anos caracterizam-se pelo contraste entre o que se fazia nos bastidores e o que os artistas diziam no palco. Durante uns tempos, o PSD internamente andou envolvido em perseguições políticas, autoritarismo dos lideres, tentando os mendistas ganhar as suas secções com todos os métodos possíveis, usando para fora o discurso da crebilidade. Foi esta a táctica do PSD nos últimos anos até aos momentos que culminaram com a queda da Câmara de Lisboa. Nesses momentos, o PSD mostrou publicamente, sustentando-se na ignorância ou desconhecimento de alguns, na hipocrisia e na mentira, que vale tudo para se atingir ou manter o poder.
O dossier "Lisboa" foi muito mal estudado. Foi feito tudo ao contrário. O PSD, no caso concreto de Lisboa, "não deu uma para a caixa", pelo que as consequências políticas do resultado calamitoso obtido pelo partido em Lisboa deviam ter sido bem mais radicais. O PSD, no caso da capital do País, só se pode queixar de si próprio e houvesse dignidade, seriedade, honra, responsabilidade, credibilidade e até vergonha e Marques Mendes já não iria a votos nestas eleições directas. Isto porque foi Marques Mendes que, directa ou indirectamente, escolheu a equipa para governar Lisboa em 2005. Relembro que Carmona Rodrigues foi uma aposta pessoal de Marques Mendes, contra a vontade de muitos militantes que queriam Pedro Santana Lopes. Mas, também com responsabilidade do líder do PSD, a equipa anteriormente escolhida por si caiu. Relembro que o facto de se ser arguido não quer dizer que se é culpado, tese contrária à defendida por Marques Mendes, que condena na praça pública várias pessoas muito úteis ao partido e ao país.
A aposta "Fernando Negrão" foi uma aposta perdida. A campanha do PSD baseou-se, resumidamente, no desconhecimento e no boato. Deixo os exemplos da confusão que o candidato do Partido fez entre empresas municipais e o do boato lançado pelo PSD de haveria um entendimento entre o Partido Socialista e a candidatura independente "Lisboa com Carmona" para uma coligação pós-eleitoral, o que não se verificou. Por isso, sinto-me traído e enganado pelo PSD. O PSD mentiu-se e mentiu, publicamente, aos lisboetas. Valeu tudo...para se alcançar uma votação desastrosa.
Mas o país é muito mais que Lisboa e não vou sequer falar dos exemplos já muito discutidos de Oeiras e Gondomar.
Foram dois anos em que o PSD esteve na oposição. Muitos perguntarão: qual oposição? O governo do Partido Socialista está a governal mal, estando o seu trabalho a ter custos enormes entre os portugueses que têm, hoje, menos dinheiro, menos segurança, menos trabalho, menos saúde e menos educação, pagando mais impostos. A questão do novo aeroporto internacional de Lisboa não pode servir de mera bandeira do partido para as eleições intercalares para ser esquecida no dia seguinte. O PSD tem de discutir esta questão, como a do TGV, internamente para chegar a um consenso. A minha opinião é a de que se deviam referendar as duas matérias, como, de resto, muitos cidadãos, têm vindo a defender publicamente, dado o peso brutal que estas duas matérias vão ter nas finanças públicas.
O PSD fez sempre uma oposição fraca ao Partido Socialista, pondo de lado o espírito reformista que outrora o caracterizou e que os portugueses lhe exigem. O PSD tem de estar preparado para constituir governo, mas também de saber fazer oposição. Hoje, o PSD dá provas que não sabe estar na oposição nem está preparado para formar governo. Assim, os portugueses têm o pior que podiam ter: um mau governo e uma oposição frouxa e conformada.
Desde que Sócrates assumiu as funções de primeiro-ministro e vai aos debates mensais na Assembleia que Marques Mendes soma humilhações. Marques Mendes não é capaz de fazer oposição a José Sócrates. E o governo está longe de estar na mó de cima...
A oposição ao governo é feita pelos cidadãos, sendo que milhares de pessoas se têm manifestado publicamente contra as políticas deste governo socialista. Assim (e como deve ser!), o PSD tem de se aliar ao povo. Ou melhor, o PSD tem de ser o grande aliado do portugueses. E, hoje, o PSD é um partido praticamente inacessível, pouco pluralista e cada vez menos democrático. Digo mesmo que deixou de haver liberdade entre os militantes do PSD, pois as perseguições políticas têm sido constantes. Há repressão e a tentativa de instalar o clima de medo nos opositores internos de Marques Mendes. As jogadas políticas, cobertas na sua maioria pela cobardia do anonimato, levadas a cabo pelos defensores de Marques Mendes são características do comunismo que se vivia na ex-União Soviética, nunca num partido aberto, livre, pluralista e democrático como não é, mas devia ser o PSD.
O sistema de pagamento de quotas é inacreditável. É o cancro do PSD e da política portuguesa. É um passo atrás na democracia. Não há argumentos que valham para defender este sistema de pagamento de quotas. É a tentativa clara de impedir o voto dos militantes. É com muita tristeza que vejo que hoje vários militantes, como a dra. Manuela Ferreira Leite, se batem pelo sufrágio universal, que está a ser, verdadeiramente, posto em causa. Isto, em vez de estarmos a fazer oposição aos socialistas ou de deixarmos os militantes, fácil e livremente, decidirem o futuro do seu próprio partido.
Este PSD é o contrário do que deveria ser. Deixei de me rever neste Partido e não votaria, nunca, no dr. Luis Marques Mendes.
Mas há outro candidato: um homem acessível, inteligente, reformista e competente. É um homem capaz de devolver as vitórias ao Partido, de unir os militantes e levar o Partido à vitória nas legislativas de 2009. É um homem com obra feita, conhecedor profundo da realidade nacional e internacional. Esse homem é Luis Filipe Menezes. Deu sempre a cara e foi a voz do descontentamento dos portugueses em relação a Marques Mendes e a José Sócrates. Representa, assim, milhares ou milhões de pessoas, no seu discurso.
O PSD precisa, também de caras novas e competentes. Os portugueses estão cansados de ver sempre as mesmas pessoas. Chegou a altura de se modernizar o partido e de trazer novas caras ao combate político. O que se pede aos militantes do PSD é que saibam ouvir a voz portugueses. Há, portanto, dois passos a dar: o primeiro é pagar as nossas quotas e ter a certeza absoluta de que estão pagas, o segundo é votar consciente e responsavelmente, no que é melhor para o Partido. E, na minha opinião, não só, mas também, pelas razões que atrás apontei, o voto sério e correcto, no dia 28 de Setembro, é em Luis Filipe Menezes.
Pelo PSD. Por Portugal.
António Lopes da Costa
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3 comentários:
quando a merda apoia a merda podemos sempre dizer que já é merda a mais
Bem...eu não apoio nimguém pela simples razão que "nimguém me apoia a mim" mas sendo uma pessoa inteligente e bem educada sei que existe uma coisa que os seres humanos denominam "liberdade de expressão" e sei que se esta não for respeitada o mundo estará em constante conflito.
Portanto o que digo é estás á vontade de chamares palavrões a quem quiseres (por causa da tal liberdade) mas tambem por causa da tal liberdade tens que respeitar a opinião dos outros!
estamos a ir longe demais. pensei isso quando vi aquele teu post sobre o teu amigo e quando foi dado um tiro no ceguinho pelo politicopata!
vi hoje na noticia no dn e estou completamete solidario contigo e com a tua irma.
um abraço, jdc
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