terça-feira, 28 de agosto de 2007

Exemplo azul e branco


Os clubes de futebol não vivem sem os adeptos e muito do apoio recebido pela equipa é da responsabilidade das claques. Afinal de contas são as claques que vão de norte a sul do país, vão às ilhas e ao estrangeiro só para apoiar a equipa. Se não houvessem claques, as equipas nos jogos fora não iam ter quase apoio nenhum. Não havia ninguém a puxar pela equipa nos maus momentos, nem havia uma mega coreografia, daquelas que enchem uma bancada, com bandeiras ou faixas gigantes.
As claques são indispensáveis para os clubes. São quase a alma do clube. Isto sem esquecer as cenas de pancadaria e os roubos que são também responsabilidade das claques. Assim, o primeiro problema, ou melhor, o primeiro objectivo é o da legalização das claques. Pinto da Costa pediu isso aos Super Dragões. E estes fizeram, assim como o Colectivo, outra claque portista. Mas Pinto da Costa para retomar as relações pediu ainda aos Super Dragões para não entoarem cânticos anti-Benfica durante os jogos, excepto o jogo contra o próprio Benfica. Os SD aceitaram o pedido de Pinto da Costa e o Porto e os Super Dragões reataram as relações.

No Sporting, há apenas uma claque que ainda não se legalizou: a Juve Leo. Directivo e Torcida já o fizeram. Mas o Sporting devia seguir o exemplo do Porto. Os cânticos anti-Benfica entoados normalmente pela Juve Leo são, constantemente, assobiados pelos adeptos do Sporting, em Alvalade. As claques são de apoio aos clubes e o anti-benfiquismo, que todos nós, sportinguistas, portistas, etc, temos, deve ser contido ao máximo. Isto até porque cada vez o Benfica tem uma importância menor para os nossos clubes. Cada vez são menos rivais, por estarem, de ano para ano, mais fracos. Isto na minha opinião, como é óbvio. Mas deixo aqui a minha sugestão: a direcção do Sporting devia conversar com os dirigentes das claques leoninas para evitar cânticos ofensivos, ainda para mais quando se fala de uma equipa que nem sequer está em campo. Ou então os raros assobios que ainda se ouvem (eu também assobio!) em Alvalade vão ser dirigidos à Juve Leo, claque pela qual tenho muita consideração e respeito, quando entoarem cânticos anti-Benfica.

Não quero, contudo, deixar de sublinhar que a Juve Leo tem uma mística muito forte. Foi a primeira claque portuguesa, foi a maior. Esteve sempre entre as melhores claques do Mundo. Depois de vários problemas, a claque conseguiu sempre sobreviver e foi fulcral nas várias conquistas do clube nos últimos 31 anos.

Mas o exemplo foi dado por Pinto da Costa e se é um bom exemplo, é algo que todos os clubes, incluindo o Sporting, devem seguir.

Sem comentários: