terça-feira, 12 de outubro de 2010
O Orçamento e o PSD!
Enquanto não há ainda uma proposta concreta de Orçamento de Estado para o ano que vem, o líder do PSD desdobra-se em desconversas. Sobre o Orçamento, dizem as televisões que o silêncio é total. Isto revela duas coisas. A primeira é a falta de coerência daqueles que criticavam o "silêncio" de Ferreira Leite e agora enaltecem a desconversa de Passos Coelho e o seu silêncio relativamente ao Orçamento para 2011. A segunda é que Passos Coelho aprendeu a lição que lhe foi dada quando falou na revisão constitucional. Seguiu, portanto, a tendência de Ferreira Leite: enquanto não há factos, não se fala. O PSD, com Passos Coelho, tal como acontece anteriormente, sabe esperar e falar no devido tempo.
Mas enquanto não se ouve uma palavra pública por parte do PSD em relação ao Orçamento de Estado para 2011, há pessoas, que deveriam estar conscientes das posições que ocupam ou ocuparam no passado, que dizem que se deve deixar passar o Orçamento.
Ora, dizer que se deve aprovar o Orçamento, neste momento, é tão ridículo como dizer que o Benfica deve contratar o jogador. Mas qual Orçamento? Se não há proposta de Orçamento, se apenas existem cerca de quinze cartas em cima da mesa, dizer que aquele deve ser aprovado é, no mínimo, muitíssimo imprudente.
Esperemos, tranquilos, pela proposta governamental. Depois, vamos estudá-la. Se for boa, aprovamo-la e há orçamento. Se servir, abstemo-nos e também o há. Se não servir, então é porque o PS fez uma proposta com aquelas que são as ideias da esquerda parlamentar. Nesse caso, a esquerda que a aprove.
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