quarta-feira, 14 de setembro de 2011

As pessoas


O PS, quando quer justificar qualquer uma das suas variadas obsessivas loucuras, fá-lo justificando-se com as pessoas.
Foi, por exemplo, por causa das pessoas que o PS endividou excessivamente o país. Foi por causa das pessoas estarem a voar cada vez mais que o PS, perante um Estado pobre e endividado, se propunha construir um novo aeroporto. E, já que se fala em aeroporto, fala-se numa terceira ponte para que as pessoas possam ir de uma margem à outra, de um comboio de alta velocidade para as pessoas que têm medo das alturas, de uma nova auto-estrada para quem quer ir do "fim do mundo" para um local onde, praticamente, já não há pessoas.
Foi graças às pessoas que o PS, felizmente, deixou de ser poder. Porque o PS, estando ao leme de um Estado que vivia acima das suas possibilidades, além de empobrecer o Estado, empobreceu as pessoas. E ainda sonhava com megalomanias.
O PS, entretanto, mudou. Se mudou para melhor ou para pior, isso é ainda algo que as pessoas ainda têm de perceber. Mas mudou. E continua a falar nas pessoas. Portugal deve deixar de continuar a trabalhar para cumprir os compromissos assinados pelo PS por causa das pessoas. É isso que diz Seguro, querendo esconder o passado do PS, cortando com um passado do qual fez parte. Sim, Seguro, durante os seis anos de Sócrates foi um dos deputados socialistas que suportava aquela maioria que permitia que o Governo estivesse a afundar o país. E, mais do que o país, a vida das pessoas, as mesmas pelas quais Seguro anda tão preocupado.
Posto isto, resta-me apenas fazer uma pergunta.
Afinal de contas, quem é que os socialistas querem enganar?
(A resposta, repetidamente referida ao longo do texto, encontra-se no título).

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