segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Tenho dito.


Nestes últimos tempos, tenho visto o meu nome ser falado em diversos artigos de opinião, muitas vezes sendo tratado como um mero objecto político. Como tal, resolvi, finalmente, entrar nesta discussão.

1) Tenho sido tratado como “o filho de Helena Lopes da Costa”, como se eu não tivesse o direito a ter a minha opinião e de fazer as minhas opções políticas e pessoais. Resolvi fazer-me militante do Partido Social Democrata, porque tenho convicções. Desde muito pequeno que colaboro nas campanhas que o Partido faz, tanto a nível local, como nacional, ou, até, europeu.
2) Quando completei os 18 anos de idade, quis fazer-me militante do Partido, tendo assinado a proposta de adesão, cuja proponente era a minha mãe. Essa é a única parte onde a minha mãe entra neste processo. Não compreendo a atitude de muita gente, ao tentar fazer passar a imagem de que o facto de a minha mãe ter sido a proponente da proposta de militante, que, repito, pedi, preenchi e assinei, de livre vontade, torna a minha proposta numa ameaça à liderança da Secção do PSD de Algés.
3) Porquê, Algés? Como é do conhecimento de todos, eu resido em Algés, desde que nasci. Como tal, quis entrar na vida política, através da Secção mais próxima da minha residência. Portanto, espero que não haja qualquer dúvida, pois a minha proposta, além de legítima, é natural e compreensível. Não consigo ver nenhum problema até aqui, dada a simplicidade e honestidade das minhas intenções.
4) Então, resolvi, após ter completado 18 anos de idade, fazer-me militante do PSD. Pedi uma proposta de militante, preenchi, assinei e, juntamente com todos os dados pedidos, enviei-a para a Sede Nacional: tudo de acordo com os Estatutos do Partido Social Democrata.
5) O processo estava em andamento, correndo tudo normalmente e, no mês de Agosto, como faço todos os anos, fui de férias, como grande parte dos portugueses, para fora da minha zona de residência.
6) Quando voltei, em Setembro, deparo-me com uma carta, que me convocava para uma reunião na Secção de Algés do Partido Social Democrata, marcada para o dia 21 de Agosto. Como não me encontrava, temporariamente, na minha residência, em Algés, não compareci. Esta carta dizia que a tal reunião iria dar continuidade ao processo de adesão ao Partido. Sinceramente, achei estranho, pois conheço algumas pessoas que também se vincularam no PSD, não tendo nunca de comparecer, em nenhuma altura, em lugar algum, para qualquer reunião.
7) Alguns dias, talvez duas semanas, após ter recebido a carta que me convocava para a tal reunião, recebo uma segunda. Fiquei chocado quando li que a minha proposta de adesão ao Partido Social Democrata tinha sido recusada. Não sei como descrever a minha revolta quando vi o que me tinha acontecido, sem qualquer razão.
8) Fui reler os regulamentos e os estatutos do Partido e não encontrei qualquer justificação para o que me tinha sucedido. Dei, no entanto, o benefício da dúvida à Direcção da Secção do PSD de Algés
9) Esse benefício da dúvida durou pouco tempo: o tempo necessário para contactar a senhor Carlos Rui Viana de Carvalho e algumas pessoas que, como eu, pretenderam aderir ao Partido, via Secção de Algés.
10) Em meados de Outubro, liguei ao senhor Carlos Rui Viana de Carvalho. Identifiquei-me e perguntei quais tinham sido as razões que haviam estado na origem da rejeição da proposta que fiz. Não obtive qualquer resposta concreta, facto que, nos meus direitos, me fez contactar, também via telefone, algumas pessoas que, como eu, quiseram aderir ao Partido, na mesma altura, pela mesma Secção. Obtive, então, várias respostas. Uns diziam que não tinham recebido a carta que os convocava para a reunião, outros apenas deram o bilhete de identidade, não falando das pessoas que nem sabiam de qualquer proposta de adesão e que se tornaram, praticamente “do nada”, militantes do PSD.
11) Entretanto, obtive uma resposta à questão da reunião. Esta tinha como objectivo “avaliar o pensamento político” das pessoas, estranho num partido que se diz livre e aberto.
12) Também, em Outubro, depois de tudo isto, foi marcada uma “mega festa” para o convívio dos novos militantes, festa que teve a presença de Marques Mendes. Curiosamente, não me lembro de nenhuma outra festa de convívio de novos militantes, mas encontro uma explicação para este convívio, quando vejo que as eleições para a Secção foram marcadas para Dezembro, já com muitos militantes expulsos e com outros que viram a sua entrada negada. Sim, outros, porque o meu caso não é único.

1 comentário:

Anónimo disse...

espero q seja o principio de um grande blogue. um forte abraço