quarta-feira, 24 de março de 2010

Eu voto no Paulo Rangel


Vou votar no Paulo Rangel na próxima sexta-feira por três razões básicas: sou jovem social-democrata, sou militante do PSD e sou cidadão português.

Se voto em Paulo Rangel, não o faço por exclusão de partes. Votaria sempre nele, independentemente de quem fossem os outros candidatos, porque considero que é, entre todos os que militam no Partido Social Democrata, aquele que está em melhores condições para derrotar José Sócrates e liderar um Governo capaz de libertar o futuro de Portugal e dos portugueses.

Sou um jovem social-democrata. E, como tal, vários são os factores que me levam a votar Paulo Rangel, que vão muito mais além do facto de ser o candidato mais jovem ou de manter uma relação estreita com a JSD. De resto, essa relação estreita terá mesmo sido fundamental para a confortável vitória nas Eleições Europeias.

Paulo Rangel não se limita a deixar umas ideias perigosamente avulsas nem a dizer muito vagamente que quer liderar uma alternativa "não socialista" aos socialistas. Pelo contrário. Tem um um projecto denso, integrado, credível, coerente e mobilizador para o país.

Por exemplo, Rangel tem uma visão muito clara sobre uma reforma necessária na Educação, no sentido de fundar, em Portugal, uma sociedade do conhecimento e da inovação, incutindo uma cultura de autoridade, rigor e disciplina nas escolas, que passarão a assumir um ensino focado na mobilidade social.

Além da aposta estratégica na escola e num novo modelo educativo, centrados no aluno(e não noutros agentes educativos), Rangel vê também na formação profissional, ensino superior e investigação científica, recursos que Portugal terá de melhor aproveitar para a modernização do país, tornando-o mais competitivo, numa linha de plena integração e convergência com a União Europeia.

Assume, ainda, as energias, o ambiente e o combate às alterações climáticas, questões que preocupam as gerações mais novas, como suas grandes bandeiras.

Mas além de ser jovem e de, por isso mesmo, ter uma preocupação naturalmente acrescida com a educação, a formação profissional e o emprego, sou um cidadão português preocupado com as assimetrias regionais, com a desertificação do interior, com o empobrecimento das classes mais baixas, com o agravamento das más condições de vida, com o endividamento do país, com o sufoco da classe média, com a "extinção" da agricultura, com o estado actual da Justiça,...

Ora, também para responder a essas preocupações, claramente definidas na sua Moção de Estratégia, Rangel é o homem certo. Tem uma visão global, muito concreta e acertada com as necessidades e desafios que se colocam agora a quem vier a ser Primeiro-Ministro.

Um exemplo desses referidos desafios passa necessariamente pela Justiça. Como princípios orientadores e sumários, Rangel traça a garantia de maior independência da Justiça e a recredibilização da mesma como meios fundamentais para que os cidadãos nela possam confiar. Outro ponto, que sublinho na sua Moção de Estratégia, é a necessidade de se legislar no sentido de dar maior celeridade aos processos judiciais.

Outro sector em que visa apostar é o da agricultura, tido como estratégico para o combate à desertificação do interior, para a promoção da qualidade de vida em regiões rurais e não apenas nos grandes centros urbanos. Nesse sentido, a aposta estratégica na agricultura ganha contornos de justiça social, até porque, para Rangel, aos agricultores é reconhecida uma função social de grande relevância, na medida em que "ocupam e cuidam de um território em risco de desertificação", cuidam do ambiente e das próprias tradições locais, criam postos de trabalho e, assim sendo, promovem a qualidade de vida das pessoas.

Além de tudo isso, Paulo Rangel tem conhecimento no terreno, que permitirá, por exemplo, uma melhor aplicação dos fundos comunitários, nomeadamente para a agricultura, fundos esses que vêm sendo muitíssimo desperdiçados no passado recente.

Como princípios orientadores de um ponto de vista económico e social, Rangel quer um Governo que promova uma maior mobilidade social e fomente uma classe média forte.

É, sobretudo, neste ponto que se assume como grande prioridade a libertação do peso de uma dívida que compromete as futuras gerações, mais ainda do que já compromete as actuais. Rangel manteve sempre uma posição clara e coerente no que respeita, por exemplo, às novas obras públicas megalómanas, que o país não tem como pagar, e que terão que ser, por esse motivo, reavaliadas.

Libertar o futuro começa aí. A ruptura também. Ruptura com as desastrosas governações socialistas. Ruptura que terá de envolver uma maior transparência e de acabar, de uma vez por todas, com a promiscuidade existente entre os poderes, pondo fim a esta enorme confusão entre o interesse público, o interesse partidário e os interesses privados, legítimos ou não.

Rangel tem um projecto claro, denso, estruturado, concreto, mobilizador.

Mas todo este projecto não seria possível, se não fosse viável de um ponto de vista eleitoral. Ora, Paulo Rangel, além do projecto, tem a chama, a dinâmica, a fibra, o carisma e tudo o mais que pode fazer com que o PSD, novamente, volte a ganhar eleições. Rangel garante o que nenhum outro pode garantir: tem capacidade para unir e mobilizar o partido, tem a força capaz de trazer alguns socialistas reformistas desiludidos com o PS, tem a capacidade para atraír algum eleitorado não-fixo, tanto do centro como, sobretudo, da área do CDS/PP.

Assim sendo, Paulo Rangel tem todas as condições para ganhar as eleições legislativas. Mais do que isso, tem, mais do que qualquer outro, argumentos para pedir fundamentadamente uma maioria absoluta aos portugueses.

Em suma, Paulo Rangel reúne as condições para cumprir o sonho do nosso Fundador, Francisco Sá Carneiro.

"Uma maioria, um Governo, um Presidente".

Esta é uma oportunidade única de realizar Sá Carneiro.

Votando Paulo Rangel, votamos em alguém que tem capacidade para liderar um governo reformista, em alguém capaz de puxar pela sociedade civil, de superar as adversidades actuais e de garantir a estabilidade política em Portugal por muitos e bons anos.

Eu voto no Paulo Rangel. Pelo PSD. E por Portugal.

1 comentário:

Anónimo disse...

E eu VOTEI, e ao contrário de muitos que hoje se escondem, fingindo que estamos todos unidos, e que Passos Coelho é o Salvador da Pátria, eu estou aqui publicamente a dizer que voltaria a votar em Paulo Rangel.

Ideia de união!

Que união aquela em que na própria noite de eleições, alguém cuja mensagem traduzia o sentido do dever "CONSEGUIDO"?

Quem é que ele pensa que é, quando se refere ao Presidente da Câmara de Sintra?

Será que não consegue enxergar a diferença?

É que quem elegeu Fernando Seara foram cidadãos anónimos, munícipes que não vão em rebanhos votar a troco de qualquer coisa, mas sim por convicção, ali não estão à porta das secções a apontar quem é que faltou à chamada, vota quem quer e onde quer.

Pode parecer que é a mesma coisa, que são dois actos eleitorais iguais, mas de facto são muito diferentes, é que para as autárquicas votam PESSOAS LIVRES, quanto ao resto não tenho tanta certeza.

E já agora quem é que ganhou as eleições foi o mentor ou o outro?

De todo o modo a ter como boas as palavras do mentor do esbelto rapaz a UNIÃO ESTÁ AÍ!!!

Que pena que os regimentos tenham prevalecido em detrimento do voto livre, que pena que neste País a imagem valha mais do que a competência.

BAM