quinta-feira, 18 de março de 2010
Neste partido não há rolhas
Com o objectivo de encobrir algumas mentiras que podem levar à queda do actual Governo, voltaram as agências de comunicação. E enquanto o país discute uma norma completamente secundária, que resulta de alteração feita aos Estatutos do PSD, aqueles que querem que tudo continue como está vão ganhando tempo.
A esmagadora maioria das pessoas, dentro do PSD, move-se por convicções. Quando discutimos internamente, na maioria das vezes, discutimos ideias e projectos. Discordamos muitas vezes uns dos outros. Mas, se o fazemos, fazemo-lo na convicção firme de que defendemos o melhor para o Partido e o país.
Há gente medíocre no PSD, como em todo o lado. Que, em vez de discutir ideias, discute nomes de pessoas. Que persegue, que difama, que injuria e que não sabe que, agindo dessa forma, está a ter um comportamento criminoso.
Mas nós, no PSD, não somos inimigos uns dos outros, nem queremos expulsar-nos uns aos outros, como sugere o Partido Socialista e as agências de comunicação “situacionistas”.
Como em todos os partidos, muita gente também já saiu do PSD. Fê-lo segundo as suas ideias e pelo seu próprio pé. E, ao contrário do que acontece noutros partidos portugueses, nunca ninguém foi empurrado para fora ou, como já foi Manuel Alegre, convidado a sair.
Apenas foram expulsos, segundo o que sei, aqueles que se candidataram contra as listas do partido. E essa expulsão justifica-se pela incompatibilidade de interesses.
O PSD é um partido livre, onde não há tabus nem dogmas que levem a que as pessoas tenham obrigatoriamente de concordar com aquela que é a posição oficial do partido. Em todas as questões, incluindo as mais fracturantes, é conferida aos militantes a possibilidade de pensar, falar e decidir de acordo com a sua consciência.
No PSD não tem havido, nem deve haver, disciplina de voto. Cada um deve agir de acordo com a sua firme convicção do que é melhor para o partido, do que é melhor para o país.
A maioria dos militantes deste grande partido não pertence nem se revê em qualquer grupo ou seita organizada que vise apenas a satisfação de interesses pessoais e económicos.
Somos um grande partido, transversal na sociedade portuguesa. Por sermos tão grandes, por representarmos tanta gente, muitas vezes divergimos uns dos outros. Mas sempre soubemos unir-nos quando o país mais precisou e chamou por nós.
Divergir é diferente de odiar. E ter uma opinião própria em nada se assemelha com a intenção de queremos expulsar quem pensa e decida de forma diferente.
Jamais passaria pela cabeça de um social-democrata militante a ideia de querer expulsar outro social-democrata militante, a menos que exista uma manifesta incompatibilidade. No PSD, sempre foi assim. Sempre assim será. Porque o que nos move a todos é algo maior do que qualquer um de nós, muito maior do que nós todos juntos: o interesse nacional.
E, nesse sentido, todos somos poucos. Viva o PSD.
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