terça-feira, 1 de junho de 2010

Presidenciais


Quando votamos em alguém para Presidente não votamos num projecto.
Votamos numa pessoa.
Mas não votamos nessa pessoa pela sua aparência, pela qualidade da sua oratória. Votamos nas suas convicções políticas, porque o Presidente é também um garante.
Estou convencido de que Cavaco pode ser eleito na primeira volta. Mas pode não ser. E, numa segunda volta, contra toda a esquerda, pode até vir a perder as eleições.
Apesar de discordar da promulgação dos casamentos gay, de ter a convicção de que Cavaco, em alturas-chave, acabou, directa ou indirectamente, por ajudar Sócrates e o PS, votar noutro candidato iria contribuir para o perigo de termos, durante vários anos, Manuel Alegre como Presidente. Esse é um perigo que definitivamente não podemos correr.
A menos que surja um candidato capaz de ganhar a Cavaco, a direita deve permanecer unida em torno de um candidato único, que é esse mesmo Cavaco, porque esta não é altura para perigos. E, nesta altura, tem de estar fora de questão ter um Presidente apoiado pela esquerda radical. Até porque, apesar do apoio forçado e de circunstância, nem Sócrates deseja que esse cenário possa vir a verificar-se em Portugal.

1 comentário:

Parker disse...

Cavaco e os cavaquistas (cada vez mais menos) receiam um candidato da mesma área?