segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A melhoria dos árbitros


Nós, portugueses, que gostamos imenso de futebol, não costumamos desculpar os erros dos árbitros, sobretudo quando sentimos que, depois de termos pago o bilhete, o árbitro influenciou o resultado.
Mas importa dizer, com metade do campeonato já jogado, que temos melhorado nesse aspecto. E isso deve-se exclusivamente à melhoria da prestação dos homens do apito.
É pena que a arbitragem de Bruno Paixão no jogo mais importante do fim da primeira volta não tenha correspondido. Foi, de facto, uma arbitragem nos limites do ridículo (palavra que não costumo utilizar), ausente de critério e tendenciosa.
Felizmente que foi a excepção à regra.
Já assistimos a três clássicos, sem casos, onde ganhou sempre a equipa que esteve melhor.
E em matéria classificativa, cada equipa está no lugar onde, pelo que fez, mereceu estar.
Se o campeonato acabasse hoje, a melhor equipa seria campeã.
A segunda melhor equipa iria jogar a pré-eliminatória da Champions.
As outras boas equipas estariam apuradas para as competições europeias.
E as piores equipas desceriam de divisão.
O que quero dizer é que, apesar dos erros (quase sempre desculpáveis), os árbitros não tiveram, de maneira nenhuma, influência na verdade desportiva.
E isso merece destaque. Porque é novidade.
Não está ainda tudo feito. As observações dos árbitros são muito influenciáveis pelas palavras dos agentes desportivos e os árbitros ainda não são profissionais, facto que a natureza deste desporto-negócio exige.
Mas estamos no bom caminho.
E não havia melhor forma de festejar esta melhoria, ao fim da primeira volta, do que com os golos formidáveis marcados pelos jogadores dos três grandes clubes deste país, que foram, nesta jornada, hinos autênticos ao futebol.
Façamos votos para que seja sempre assim. Para que sejam os jogadores a decidir os jogos. E os campeonatos.
Porque, se assim continuar, mais gente vai voltar a ir aos estádios.

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