domingo, 27 de março de 2011

Eleições feridas de morte


Uma sala vazia.
Uma tomada de posse às escondidas.
Perto?
Os jornalistas, o ex-agente da PJ, gente dos bancos e da política.
Os sócios?
Quais sócios?
O discurso?
Só há um. Que é de uma determinada agência de comunicação.
Godinho Lopes, depois do que aconteceu hoje, não tem condições para ser Presidente.
Não tem. Ponto.
E se os candidatos derrotados aos outros órgãos do Clube são sportinguistas, se colocam os interesses do Sporting à frente de tudo, tenham coragem.
A responsabilidade é de todos.
Nesse aspecto, a bola está nas mãos de Dias Ferreira, Pedro Baltazar e Abrantes Mendes.
Que tiveram responsabilidade no desfecho.
E que têm uma responsabilidade determinante, pelas suas posições, no futuro a dar ao Sporting.
O tempo não está para brincadeiras.
Para charters, chineses, comissões imaginárias.
Para discutir a remuneração, ou não, do presidente.
Para se candidatar só porque se gosta muito do Sporting.
Digam o que pensam, sentem-se à mesa, discutam, façam novas eleições.
Porque estas estão feridas de morte.
Porque, no Sporting, não há lugar para tachos.
E são tachos a mais.
Antes disso, obriguem os senhores da continuidade a devolverem tudo aquilo que devem ao Clube.
Em clima de incerteza, é inacreditável que, na cabine de voto, quando exerce o seu direito, o sócios do Sporting estejam a ouvir comentários fomentando o medo e novas dúvidas.
É inacreditável, portanto, o que se passou antes, durante e depois destas eleições.
Não há mesmo volta a dar.
Têm de ser feitas novas eleições. De ser eleito um novo presidente, um presidente da maioria dos sócios.
Caso contrário, ponham a bandeira a meia haste.
Porque o Sporting Clube de Portugal morreu.
Isto não é o Sporting.
Na política, nos bancos, nos negócios vale tudo.
No Sporting...não.
Por aqui me fico, por agora. Mas amanhã é outro dia. Haverá mais frieza. E, mesmo nos momentos de maior sportinguismo, é importante recuperar a frieza. Porque agora trata-se de decidir o futuro do Clube.
E atenção porque o futuro não pode esperar.


Nota: Para que não restem dúvidas, e porque devemos ser responsabilizados pelas nossas escolhas, votei no Bruno de Carvalho para Presidente, no dr. Pedro Santana Lopes para a Assembleia Geral, sendo que votei em listas neutras e independentes para o Conselho Fiscal e para o Conselho Leonino.

1 comentário:

Anónimo disse...

A Hora Legal

No regime da «Hora de Verão» que vigorou entre 1993 e 1996 a hora estava 120 minutos adiantada em relação à do meridiano de Greenwich, igual à da Europa Central, para aferir os horários de trabalho em Portugal com os dos restantes países europeus. Este regime horário imposto por Cavaco Silva facilitou as comunicações e os transportes internacionais, mas provocou queixas no país por parte de algumas pessoas que estavam contra o governo e para implicar não tiveram qualquer problema em prejudicar o resto da população.
Neste país sempre foi assim:dez pessoas conseguem arranjar algum mecanismo que possa prejudicar os restantes dez milhões.Deveriam repensar a hora legal para o bem colectivo.