domingo, 13 de março de 2011

O novo tempo, a nova luta.


Filiados ou não em partidos políticos, sindicalizados ou não, gente de todas as idades, de ambos os sexos, de várias religiões e ateus, das mais diversas profissões, de diferentes "classes sociais", gente da extrema direita à extrema esquerda, foi isso que fez com que o dia de ontem fosse histórico.
Pediam sensatez e dignidade, pediam pelo seu sonho: poder viver em Portugal, trabalhar com dignidade em Portugal, casar e constituir família em Portugal.
Protestavam contra a falta de soluções, contra seitas e interesses de poder, contra um grupo de pessoas que não esgota o poder político mas que, estando no poder, se auto-protege, dando péssimo exemplo e contribuindo para um país pouco justo, pouco igual.
A manifestação de ontem, tendo sido promovida e realizada pela sociedade civil, foi a maior demonstração de tolerância, de pluralismo, de liberdade, de democracia e de patriotismo, que o Portugal dos nossos tempos já assistiu.
Não reivindicando nada em concreto, gritou-se por um país que saiba incluir os jovens, que não os obrigue a fugir do país, por uma sociedade que se paute pela ideia de mobilidade social em razão da qualificação e que não tenha medo de projectar o futuro com renovação e com a força de uma geração que é a mais qualificada da nossa História.
Um país que não premeia o mérito e que não distingue o mais qualificado é um país castrado.
A luta de ontem é uma luta justa e digna. E, pelas razões que lhe estão subjacentes, a luta de ontem é também, ou é sobretudo, uma luta dos jovens social-democratas.

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