terça-feira, 15 de março de 2011

Porque, no fundo, procuramos as vitórias.


Há um grande clube nacional que, ao que se sabe, é financiado por investidores estrangeiros.
Nunca ninguém perguntou quem eram esses investidores.
Nunca perguntaram, mas talvez devessem ter perguntado. Até porque é fácil saber a resposta.
São investidores com muito dinheiro.
E de onde vem esse dinheiro? Também nunca ninguém perguntou. E, uma vez mais, deveriam ter perguntado.
Esse dinheiro vem da miséria de um povo que fala a nossa língua.
O futebol, que tem tido sucesso, é pago à custa de um povo que vive na miséria, em condições de pobreza extrema, num Portugal de outros tempos que é governado sem democracia e de uma forma absolutamente criminosa.
Muito mal tem feito quem tem omitido essa realidade. Porque é cúmplice, ainda que por omissão, de um crime público brutal e de um mundo que, certamente mais cedo do que muitos poderão imaginar, está cada vez mais perto do fim. De um mundo que fala a nossa língua. Do qual muitos de nós partilham o próprio sangue.
Parece-me ainda de lamentar que, a propósito dos fundos e do dinheiro externo para ser investido nos clubes, se continue nesta campanha contra o único candidato à presidência do Sporting que já apresentou os seus investidores e que se continue a tentar vender a ideia de que esta situação é anormal. Não é. Veja-se o que acontece noutros campeonatos, onde milionários árabes, chineses, norte-americanos e também do leste europeu têm "patrocinado" grandes equipas de futebol.
No fundo apresentado por Bruno Carvalho, os nomes, apesar de serem dificilmente pronunciáveis, são perfeitamente identificáveis: Leonid Tigashov (ex-presidente do Comité Olímpico Russo), Alexandre Nazarov (ex-governador da Chukotka, cargo que também foi ocupado por Roman Abramovich) e Yuri Pachechnik (dono da empresa de construção civil Stroi Center).
Esta questão não poderia, portanto, ser mais transparente. Se for caso disso, acuse-se qualquer destes investidores do que se quiser, desde que seja fundamentado. Mas, se alguém o ousar fazer, desafio-o a que tenha a coragem de dizer que há um corrupto, que governa sem democracia, à custa da pobreza e da miséria de um povo que é nosso irmão, e uma equipa de futebol que tem, directa ou indirectamente, apoio financeiro graças a esta situação escandalosa e que, apesar de estarmos nos modernos tempos do século XXI, nunca ninguém conseguiu denunciar.
Estranho ainda a campanha negra que tem sido montada pela comunicação social. Primeiro, não havia investidores. Segundo, era lavagem de dinheiro (e nos outros é o quê?). Terceiro, um deles é da KGB.
Está tudo louco, só pode. Ou então anda tudo muito nervoso, o que é bom sinal!
Ainda no que toca ao Sporting, sinto-me ainda forçado a ter de fazer um apelo final.
Chega de ataques pessoais, de boatos, de difamações, que só deixam a nu o facto de não haver ideias de quem os promove e que só valorizam a dupla de dois grandes sportinguistas, constituída pelo Bruno Carvalho e pelo Augusto Inácio, a quem, especialmente, enquanto sportinguista, devo uma das maiores alegrias que já tive em toda a vida.

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu não explicaria melhor o que me também já tinha pensado. Donde vem o investimento dos outros clubes??? Todos sabem mas ninguém comenta. Aproveitam-se agora desta candidatura para falar de algo que já acontece há alguns anos no nosso campeonato...só que num clube a quem a comunicação se verga.
Parabéns pela Sua frontalidade. Continue. Todos os dias o visito.
Ass: Leoa Ferrenha

António Lopes da Costa disse...

Obrigado, pelo comentário e pela visita! A ideia que merece ser sublinhada e elogiada é deixarmos de ter, na equipa de futebol, condicionantes que nos impedem de lutar por títulos e que são impostas pela banca. Este fundo trará autonomia e independência ao Sporting e pode, indirectamente, levar-nos a resolver a situação financeira a médio prazo.
Teremos de voltar à lógica do "Esforço, Dedicação, Devoção". Este fundo, garantindo independência e o reforço do plantel, é apenas mais um meio, legítimo, para se chegar ao outro nível: o da "Glória".
Viva o Sporting!