
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
"Senhoras e Senhores Deputados,
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Sondagens que falam por si

De acordo com o barómetro da Marktest para o Diário Económico e para a TSF, se as eleições fossem hoje, o PSD teria 47% dos votos, mais do dobro das intenções de voto no Partido Socialista.
Nota: Passaram apenas 100 dias desde a tomada de posse do novo Governo, e pouco mais de dois meses desde que tomou posse o "novo" PS.
Imagens que falam por si (V)

Primeira nota: Há quem diga que a corrida de toiros é um acto desleal. Quem o diz, não cria toiros. Jamais os criaria. A maior deslealdade ao toiro bravo seria condená-los à morte, extinguindo a espécie, não criando motivos para que se continuassem a criar, com dignidade, toiros bravos.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
50 anos
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
A minha identidade desportiva
terça-feira, 20 de setembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Uma ironia do destino?

A Madeira

sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Um novo passo

quinta-feira, 15 de setembro de 2011
De preto

quarta-feira, 14 de setembro de 2011
As pessoas

segunda-feira, 12 de setembro de 2011
O tormento

Um episódio caricato

domingo, 11 de setembro de 2011
O Sporting da paciência

sábado, 10 de setembro de 2011
A FPF e o Sporting

sexta-feira, 9 de setembro de 2011
O Congresso do "nada"

domingo, 4 de setembro de 2011
Imagens que falam por si
Vozes de burro

sábado, 3 de setembro de 2011
A crise do Projecto Comum

Foi sempre em alturas de aflição que os países se fecharam mais, sendo que os Estados foram cedendo à pressão das populações, preferindo o que é nacional ao que é estrangeiro, tanto no que respeita à produção como ao consumo. Foi destas conjunturas que surgiram algumas das ditaduras recentes.
A altura que vivemos é de aflição, mas a actual conjuntura europeia, cujo ideal prevê um espaço sem fronteiras, num falso ideal de liberdade levado aos extremos, conjugado com a necessidade de preservar boas relações com o resto do mundo torna inviável a ideia de restringir algumas relações económicas.
Encarada com uma crise económica e financeira com antecedentes muito distantes, na União Europeia vive-se um ambiente de falta de coragem, sendo que o projecto europeu onde se previa uma Europa das Liberdades rapidamente seguiu um caminho desviante, estando agora, o Velho Continente, preso ao capital externo.
As crises são conjunturais. No mundo actual, seria inevitável que a Europa fosse afectada por uma crise que teve início nos Estados Unidos e que abalou todo o mundo.
O que se critica, ou o que criticam os cidadãos europeus, é a resposta europeia, que tinha de ser rápida e consensual entre todos os países da União. E a resposta que se deu, e que se continua a dar, é errada.
Numa União, independentemente do peso de cada um, exige-se solidariedade entre os países. Mas há outro ponto de que ninguém fala, senão uns extremistas e nacionalistas de direita, que é aquele que leva os cidadãos europeus às ruas em protesto. Falo da protecção que a União deveria dar aos seus povos.
Por exemplo, seria legítimo que a União, assumindo-se livre e transparente, protegesse os seus cidadãos e as suas empresas, restringindo relações económicas e imigração. Afinal de contas, como é possível que estejamos dependentes de países que não respeitam os direitos humanos e que, por isso, estejamos a empobrecer?
Como pode um comerciante de Salónica estar sem conseguir vender quando tem, como concorrência, produtos a menos de metade do preço quando os custos de produção do seu concorrente se devem a condições laborais completamente indignas num mundo que quer dignificar a vida humana?
Ou como pode um proprietário de campos de trigo em França, que se dedica à actividade agrícola, estar na miséria quando há um ditador africano que compra uma casa apalaçada de férias de dezenas de milhões de euros no sul de um outro país da mesma União?
Como pode, este Velho Continente, estar a ver algumas das suas principais empresas na falência ou a ser vendidas a troco de dinheiro sujo, que já custou milhares e milhares de vidas humanas? Será que não há volta a dar? Será mesmo incontornável?
Se as crises levam às mudanças, esta é uma altura fulcral para a coesão política entre os Estados-Membros e para a Europa rever a sua política externa, nomeadamente com economias que são deslealmente concorrentes.
São apenas exemplos, aqueles que dei. Mas os povos europeus têm razão quando saem às ruas. Têm toda a razão. Porque, por força da inacção dos seus governos, agarrados a ideias interpretadas de forma extrema, estamos todos mais pobres.
Sem medos de passados que ainda assombram a História recente deste nosso continente, teremos, nós, europeus, e sem os extremismos derrotados num passado relativamente recente, de encontrar um equilíbrio entre a liberdade democrática e a necessidade de proteger os povos.
Nesta fase, não é só a condição de vida do cidadão europeu que está em causa. A cada dia que passa, e não se notando grandes progressos económicos (pelo contrário!), começa a estar em causa o próprio Projecto Comum.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Numa equipa que ganha não se mexe!

É uma daquelas frases fáceis, correntemente utilizada nas mais diversas circunstâncias, fruto de vários episódios da História que deram origem à sabedoria popular.
Pois é. Numa equipa que ganha não se mexe.
Dir-me-ão, contrapondo, que, havendo uma nova maioria parlamentar a suportar uma nova liderança política no país, não há nada mais natural do que uma alteração dos titulares de cargos públicos. Dir-me-ão que é estratégia. E estratégia será.
Vejamos o que acontece numa empresa. Havendo alteração de líderes, é natural que sejam escolhidas novas pessoas, da confiança dos novos líderes.
Ora, no país, que não é uma empresa, é igualmente natural que o Primeiro-Ministro e demais membros do Governo prefiram nomear pessoas que mereçam a sua confiança política. Estando ou não filiadas nos partidos que suportam a maioria, têm de partilhar ideias nucleares sobre o caminho que o país deve seguir.
É esta a lógica que fomenta o clientelismo: os subordinados superiores têm de se rever nas ideias daquele que os nomearam.
Mas há, nesta teoria, um pouco que está errado. Porque os titulares dos cargos públicos não devem subordinar a sua actividade a quem lidera politicamente o país. Subordinam-na aos portugueses e ao País. Se assim não for, entramos na lógica da confusão entre o interesse partidário e o interesse nacional.
Olhemos para as limpezas gerais protagonizadas pelos ex-Primeiros-Ministros António Guterres e José Sócrates. Lembremo-nos do que aconteceu na Direcção-Geral dos Impostos, em que os socialistas, por populismo puro e duro, afastaram o homem que, auferindo mensalmente mais dinheiro do que aquele que deveria receber, era uma mais-valia do Estado Português, dado que tornava eficaz a política fiscal. Foi “despedido”.
Nessa altura, e com a comunicação social praticamente controlada pela liderança socialista, houve algumas vozes social-democratas que protestaram contra esse “despedimento”. Não o fizeram pela amizade que possivelmente nutriam por Paulo Macedo nem pelos interesses do PSD. Fizeram-no porque sentiam que este, agora Ministro da Saúde, era um dos homens-chave do Estado, independentemente de quem estivesse na liderança do Governo.
Enterrado que está o terrível passado socrático, o tempo não é, de todo, de vingança. Pelo contrário. Os terríveis tempos que ainda vivemos são de união e solidariedade nacionais. E nem tudo foi mau nos últimos seis anos.
Voltamos agora ao ponto por onde começámos: numa equipa que ganha não se mexe. E é assim que chegamos ao exemplo da EPAL, agora que estamos no período final do mandato do actual Presidente do Conselho de Administração.
Escrevia o Jornal de Negócios, há poucos meses, que “a EPAL mostra que empresa pública não rima com ineficiência. Em primeiro lugar, a empresa dá lucros. Em segundo lugar, tem uma boa relação com os consumidores, conseguindo que 88% sejam atendidos em menos de 15 minutos. Em terceiro lugar, melhorou o serviço”. Diz-se ainda que a EPAL, liderada por João Fidalgo, conseguiu obter crédito a uma taxa 1,8% menor do que aquela que foi concedida ao Estado.
Não podemos confundir o fim de um mandato com a imperatividade de fazer rolar cabeças.
É preciso mudar muita coisa. Mas, nos tempos difíceis que vivemos, mais do que apelar à união, é preciso chamar o valor, a experiência, o rigor e a excelência.
Também se dá um bom sinal ao país, mantendo-se o que de bom e de melhor veio do passado.
A EPAL é um exemplo disso.
Não há, portanto, clientelismo nenhum que justifique a substituição do actual Conselho de Administração. E estratégia é ficar com quem ganha…