domingo, 20 de dezembro de 2009

O Benfica - Porto


Não me lembro de ter, alguma vez, falado de um jogo entre Benfica e Porto.
Este ano, tendo em conta a diferença pontual que o meu clube tem dessas duas equipas, vou assistir a esse clássico sem desejar, particularmente, qualquer resultado.
Mas esta frieza e distância em relação ao jogo tem ajudado a verificar as diferenças existentes entre ambos os clubes e o meu. Porque este jogo foi precedido de um conjunto de notícias que fazem realçar a podridão com que esses clubes encaram o futebol e este jogo em particular.
Desde logo, a nomeação de Lucílio Baptista é inacreditável. Porque, em horas de aflição, não havendo Paratys, foi Lucílio que deu irregularmente ao Benfica uma competição que esse clube, no ano passado, não mereceu ganhar.
Do lado do Benfica, creio que é condenável a forma como se tentou enganar tudo e todos, escondendo-se a realidade. Foi dito que vários jogadores não poderiam jogar e, afinal, esses jogadores foram, todos, convocados - situação única na Europa. E tão diferente do que o Real Madrid fez com Cristiano Ronaldo a propósito do jogo contra o Barcelona, em que o Real demonstrou ao mundo que tudo fez para ter o jogador a cem por cento, a tempo e horas desse clássico mundial.
Ainda do lado do Benfica, vieram a público várias notícias que diziam que o Benfica anda a ser investigado pela PJ devido à existência de ameaças aos árbitros que iriam apitar jogos desse clube.
Do lado do Porto foram prometidas revelações importantes, que não foram concretizadas.
O que é de estranhar, neste jogo, é que não exista um clima de guerra nas bancadas (que foi promovido durante esta semana pelos dirigentes), assim como eu ficaria muito espantado se não houvesse casos, confusões e, possivelmente, aquelas cenas de túnel, tão prováveis em jogos do Benfica.
Foi assim que se preparou um jogo que vai ser determinante. O Benfica, se perder, já não vai conseguir apanhar os dragões e, se esse resultado acontecer, ficará, na minha opinião, afastado da possibilidade de ganhar o título. Quanto ao Porto, que terá uma segunda volta mais fácil do que a do Benfica, no caso de não vencer, poderá, no que resta do campeonato, ultrapassar os rivais de Lisboa.
Se eu tivesse de dar um palpite, apostaria na vitória do Futebol Clube do Porto, que vulgarizou o Atlético de Madrid, que está a crescer de forma, que já é, sem margem para dúvidas, a melhor equipa portuguesa e uma das mais fortes da Europa. Será o campeão nacional. Mesmo que não ganhe hoje. Porque qualquer resultado é possível.
O que desejo é que os jogadores elevem mais o espectáculo e dignifiquem mais os clubes que representam do que os seus dirigentes fizeram durante esta semana.

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