segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O referendo ao casamento gay

O alargamento da possibilidade de casar a pessoas do mesmo sexo é uma questão demasiado séria, por aquilo de que trata, para ser aprovada, sem que haja uma discussão prévia, por deputados de esquerda que querem impor as suas ideias à sociedade portuguesa.
Por isso, independentemente de ser (como, de facto, sou) contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, sou favorável à realização de um referendo sobre essa matéria. Ainda para mais, todos os estudos demonstram que uma maioria esmagadora dos portugueses é, efectivamente, contra o casamento gay.
Essa razão fez-me assinar o pedido de referendo, que já foi assinado por mais de setenta mil portuguesas e portugueses. Convido, também eu, todos aqueles que partilharem estas ideias a fazer o download desse documento, imprimirem e enviarem para o local indicado na folha.

4 comentários:

Maria Tuga disse...

Como é que um jovem tão atraente é tão vazio de ideias. O que é que temos a ver com a mentalidade das outras pessoas. A liberdade de todos começa por cada um de nós. Nunca diga desta àgua não beberei, e não devemos condenar os outros...como a Igreja advoga mas não pratica. Já agora que tal um referendo sobre o casamento dos padres? Veja lá se algum dia não terá que fazer o que nosso PM já disse na AR. Os Sr.s Deputados ainda hão-de "dobrar a língua". Se calhar é daqueles que defende a legalização da prostituição. Que tal dizer Ah..a minha filha (irmã, tia, etc) é P...

Bruno Ferreira Costa disse...

António não podemos negar que o tema esteve presente na campanha eleitoral e foram bem explícitas as posições dos partidos.
O casamento entre pessoas do mesmo sexo estava presente nas propostas do PS, Bloco e CDU...e estes partidos, juntos, têm uma maioria para poder legislar.
Referendar para quê? O referendo ao aborto também não foi vinculativo e a AR legislou. Há que simplificar.

António Lopes da Costa disse...

Maria Tuga,

Li o comentário, publiquei-o, mas deixe-me que não aceite a parte em que, ofensivamente, diz que sou um vazio de ideias.
Sou pela liberdade e pela democracia e, por isso, quero que sejam os portugueses a decidir sobre essa matéria de forma livre e democrática.
Não lhe disse, nem falei disso, que nunca irei beber de qualquer água, mas também não lhe vou falar da minha vida privada.
O casamento dos padres é questão de outro foro e não do direito civil.
Acho interessante a solução francesa e sou favorável a um alargamento dos direitos dos homossexuais. Mas deixe-me ser conta o casamento entre eles, assim como sou contra o casamento de irmãos, de primos direitos, de pais e filhos, de um homem com várias mulheres ou vice-versa.
Tenho pena que o PS não dê liberdade de voto aos seus deputados em relação ao projecto-lei do Bloco, que vem propôr a adopção.
Não compreendi o que a legalização da prostituição tem que ver com isto, mas sem dúvida que seria uma boa discussão. Para outros tempos.

António Lopes da Costa disse...

Bruno, as pessoas não votaram neste ou naquele por causa do casamento gay.
Há estudos que dizem que a esmagadora maioria dos portugueses são contra o alargamento da possibilidade de casar a homossexuais (que queiram casar com pessoas do mesmo sexo).
Os portugueses querem decidir esta questão. Daí as várias assinaturas.
Realize-se o referendo e respeite-se a vontade dos portugueses. É isso que quero. Nada mais.