terça-feira, 1 de março de 2011

Concelhia de Oeiras


Enquanto Mandatário da Juventude, mas, sobretudo, enquanto residente no concelho de Oeiras desde sempre e social-democrata desde que me lembro, não poderia deixar de, já hoje, escrever as primeiras palavras sobre as eleições para a Concelhia de Oeiras do PSD.
E as primeiras palavras vão, necessariamente, para o Ângelo Pereira.
O Ângelo sabia que não era fácil ganhar estas eleições. Tratava-se de uma luta desigual.
A sua candidatura visava defender uma história de muitos combates, de duros debates, representando um conjunto de pessoas social-democratas de há muito, muitas delas fundadoras do próprio partido.
Estava em jogo defender a militância empenhada. A de agora e a de sempre.
Foi isso que Ângelo fez. Esteve à altura da história de um PPD/PSD empenhado e dinâmico, de um PPD/PSD que projectou e construiu um concelho-modelo, de um PPD/PSD de Sá Carneiro.
Apresentou-se com um programa fabuloso, com uma lista de gente qualificada, com o objectivo de voltar a fazer com que este partido volte a ganhar no Concelho. Por isso, estiveram com ele alguns militantes fundadores do partido, gente ilustre do PSD, muita dela que esteve mesmo na sua Comissão de Honra, como Miguel Beleza.
Para sermos francos, se estas eleições fossem decididas só pelos militantes verdadeiramente social-democratas, o Ângelo tinha ganho estas eleições praticamente por unanimidade.
Mas o PSD em Oeiras já não é assim. O voto passou a ser visto como uma obrigação de um negócio sinalagmático.
E, por isso, o resultado que o Ângelo obteve, quase a chegar aos 600 votos, foi extraordinário.
Há quem sinta ou pressinta que o PSD tal como era aqui no nosso Concelho morreu na noite de ontem.
Se assim for, ficarão as saudosas recordações do nosso passado.
Mas eu duvido que assim seja.
Porque, nesta campanha, eu vi o rasgo de Sá Carneiro, a diplomacia de Durão Barroso, a elevação de Cavaco Silva ou Manuela Ferreira Leite, o sonho de Pedro Santana Lopes, o fervor de Paulo Rangel, a ambição de Passos Coelho.
Estivemos todos, militantes, mas, sobretudo, o Ângelo, enquanto cabeça-de-lista, à altura da nossa História. De certeza absoluta de que os nossos líderes vivos e Sá Carneiro se orgulharão de todos nós.
Na minha opinião, o PSD não morreu. Apenas continua doente, doença essa que é ainda mais visível se olharmos para a desmobilização que verificamos em concelhos no distrito de Lisboa.
Doente, mas bem vivo. Porque enquanto houver gente com convicções muito fortes, enquanto permanecerem as raízes de uma social-democracia de ruptura e gente disposta a liderar estes trabalhadores, empenhados e convictos militantes do PSD, vai continuar viva a chama que fundou este partido.
Ao Ângelo dou-lhe os meus parabéns. Verdadeiros porque esteve à altura da história, do partido, dos militantes e das circunstâncias.
Agradeço-lhe o convite para ser seu mandatário para a juventude, que me honrou porque, estando com ele, estive com os melhores. Que foram ainda melhores na noite de ontem. Que assim continuarão no futuro. Porque é dos melhores que reza a História. E, desse ponto de vista, com esta campanha começou a ser escrita uma nova História, cujo primeiro capítulo não foi tão bom quanto se sonhava.
Mas não há história que se faça sem os seus obstáculos, que enriquecem a sua parte final.
Muito obrigado, Ângelo.
E obrigado a todos os que se empenharam para ganhar esta eleição para o PSD, para o PSD que é PPD, para o único e verdadeiro Partido Social-Democrata.
É por vossa causa que ainda estamos vivos, que vamos estar ainda mais unidos e mobilizados para ganhar o futuro.
Pelo PSD. Por Oeiras. Por Portugal.

8 comentários:

João Santos disse...

E em Lisboa, onde não houve distribuição de 'robalos', a lista de militantes com quotas pagas foi de 50% dos inscritos e daqueles nem 1/3 votou.

Sem comentários. Pena que estejam a dar a mão a trafulhas dando-lhes lugares de destaque. Se não os 'conhecessem' acabava-se o reinado. O gang anda sem directivas superiores, o que há são os 'taxistas' do costume, armados em rolhas, a tentar sobreviver. É a vida...

Zé Maria S. Nunes disse...

Ser chico esperto.
Viver por vingança.
Andar pela vida, traindo os outros.
Pagar para que gostem de nós.
Deve ser horrível não ter ideias.
Ser filho do dinheiro.
Não ser exemplo para os próprios filhos.
Ter esquemas criminosos para triunfar.
Deve ser horrível não ser grato.
Viver como se fossemos objectos.
Iguais aos outros que valem tanto como nós.
Deve ser horrível não ser livre.
Carregar e ser carregado.
Votar ameaçado.
Não poder escolher sequer o "quem somos".
Deve ser horrível ganhar para perder.
Não poder ser herói.
Não ter um rasgo de coragem, uma unha de Sá Carneiro.
Usar e ser usado, como se fossemos papel higiénico, só para o que é preciso.
Deve ser horrível viver nos limites do crime.
Caminhar fora dos limites da estrada da lei.
Com consciência disso.
Deve ser horrível saber que estamos onde estamos porque não se dá valor ao mérito.
Não ter mérito.
Apenas amigos.
Amigos até deixarem de o ser.
Deve ser horrível dizer que temos o poder.
À custa da miséria, da pobreza alheia.
Não ter a coragem para pensar em sentir remorsos.
Não ter uma pontinha de educação.
Deve ser horrível não ter valores.
Ter amnésia. Ou fazer por tê-la.
Cuspir no prato onde acabámos de comer.
Como o filho que trai o pai, que quer roubar a própria mãe.

É uma vergonha o que se passa hoje no PSD em Oeiras e não se pode abandonar esta gente verdadeiramente social-democrata que está descrente mas não quer abandonar o seu partido de sempre!

VIVA A MILITÂNCIA VERDADEIRA! VIVA O PSD!

Moniquita Xavier disse...

Caro António, eu assisti a algumas das coisas de que se referiu de uma forma inteligência e quase irónica!
De facto estava em causa a defesa do “único e verdadeiro Partido Social Democrata” e os militantes verdadeiros foram todos votar, só que perderam contra um grupo de gente dos bairros que foi votar transportada em camionetas, aliciada sabe-se lá pelo quê e depois de muita cachupada e beberetes.
Ganharam os bairros e o IOMAF e perdeu o PSD mas Oeiras não merece ter o seu futuro condenado e para bem dos militantes verdadeiros, há que defender os interesses deles e do partido fundado por Francisco Sá Carneiro!

Unknown disse...

A democracia só é possível com partidos! Então o que se fez foi tentar meter gente para ter o poder nos partidos! Com o poder nos partidos é mais fácil ter o poder no país!
Houve quem dissesse que África era governada por criminosos! O povo, poucos anos depois, respondeu com revoluções! Numa altura em que o país é governado por criminosos e que o PSD se transformou numa escola de crime liderado, nas suas pequenas secções, por gente de pouca inteligência, sem valores e qualidade profissional e política, somos também liderados localmente por criminosos!
Está portanto na hora de preparar a revolução! Viva o PSD!

Anónimo disse...

Eu fui votar em Algés e nunca tinha visto coisa assim num clima completamente intimidatório com seguranças que eram armários, centenas de pessoas dos bairros. Aquilo parecia que era um gang, já não era o meu PPD/PSD. Agora há que reflectir muito bem sobre o que se está a passar com calma porque devemos sempre defender a nossa imagem externa mas o PSD que teve 600 votos no concelho de Oeiras não pode acabar.

Cumprimentos

António Lopes da Costa disse...

Amigos e companheiros,

Somos livres. E, como somos livres, temos o dever de, perante todas as situações de que falaram, entre muitas outras, lutar contra o estado do nosso partido.
Respondamos com liberdade, independência e convicções. Essa é a nossa forma de estar na vida e também na política. Que a força das nossas convicções, do nosso empenho, das nossas ideias seja a nossa grande arma.

Um abraço solidário a todos, viva o PSD!

Rui Freitas disse...

Caro António, como bem disse: "se estas eleições fossem decididas só pelos militantes verdadeiramente social-democratas, o Ângelo tinha ganho estas eleições praticamente por unanimidade.
Mas o PSD em Oeiras já não é assim. O voto passou a ser visto como uma obrigação de um negócio sinalagmático."
Não conheço bem a realidade do Partido em Algés, tal como você não conhece a de Oeiras, onde nada disto que descreveu é novidade e onde um grupo de "Militantes verdadeiramente social-democratas" anda, há anos, a remar contra a maré dos que se compram e se vendem, perdendo sempre de cabeça bem erguida.
Pelos visto, a situação é para continuar com a nova Concelhia, infelizmente!

Rui Freitas disse...

Caro António, tal como escreveu: "se estas eleições fossem decididas só pelos militantes verdadeiramente social-democratas, o Ângelo tinha ganho estas eleições praticamente por unanimidade.
Mas o PSD em Oeiras já não é assim. O voto passou a ser visto como uma obrigação de um negócio sinalagmático."
Não conheço bem a realidade do Partido em Algés, tal como você não conhece bem a de Oeiras, onde o que descreveu não é novidade e onde um grupo de verdadeiros Militantes social-democratas anda, há anos, a tentar inverter esse estado de coisas, a remar conttra a maré dos que se vendem e compram, perdendo, é certo, mas perdendo de cabeça bem erguida.
A nova Concelhia, infelizmente, só é garante de que o "mercado de compra e venda" vai continuar aberto.