segunda-feira, 28 de março de 2011

Nada.



A Juve Leo não apoiou Godinho.

Aliás, não houve, por volta das onze e meia, invasão da sede de Bruno de Carvalho por parte de elementos da Juve Leo, que forçaram a saída do candidato e a debandada de muitos sócios que ali estavam.

Os números batem certo.

Não havia sacos do lixo para depositar votos a circular de sala em sala.

Nenhum sócio viu isso.

Os boletins não utilizados não estavam em cima de mesa nas contagens.

Nenhum sócio viu isso, nem há imagens que comprovem.

Os números batem todos certos uns com os outros e não há qualquer indício de que se tenham depositado, depois, mais 2500 votos.

O presidente da AG não pediu aos sócios para saírem do Hall Vip.

O presidente da AG da SAD, logo a seguir, não felicitou Bruno de Carvalho.

Nenhuma televisão filmou isso.

Quando os sócios já estavam cá fora sem possibilidade de entrar nas instalações do Clube, quando Bruno já tinha sido felicitado por Rogério Alves, não houve nenhuma inversão dos dados.

As sondagens não estavam todas erradas.

É natural que os sócios tenham preferido Barroso a Rogério Alves para a AG, porque os sócios não queriam a continuidade.

De repente, não surgiram mais de 2500 votos fantasma.

É normal demorar 8 horas a contar 14.000 boletins de votantes.

E é também normal haver uma enorme discrepância de ( 800) votos brancos entre órgãos sociais.

Como também é normal deixar os votos “selados” em sacos de lixo, de plástico, numa sala onde têm acesso seis pessoas.

Não houve nenhuma troca de mensagens que aponta no sentido de existência de fraude eleitoral.

E é vulgar que todos tenham os telemóveis desligados, não havendo informação a sair para os apoiantes das candidaturas.

Aliás, é e sempre foi assim, em todo o tipo de eleições.

Os Estatutos do Sporting admitem a possibilidade de empossar um presidente à pressa, numa sala de portas fechadas onde era proibida a presença dos sócios.

A culpa é da comunicação social.

Enganaram-se todos, esses malandros.

Ninguém recebeu instruções para impedir que a comunicação social filmasse o que se passou, dentro e fora das instalações do estádio.

Não foram atirados petardos, garrafas e pedras contra os órgãos da comunicação social por parte de elementos de uma claque, perfeitamente identificados ou, pelo menos, identificáveis.

Fernando Mendes, líder da Juventude Leonina, não forçou a entrada na sala onde se contavam os votos sem se identificar, para agredir um companheiro de claque, que esteve preso durante cinco anos.

E, a propósito, ninguém está à venda.

Houve sempre igualdade de tratamento.

Houve isenção por parte de todos os funcionários.

E todas as pessoas que votaram, podiam tê-lo feito.

Um acto eleitoral calmo e limpinho, portanto.

E, naquele Hall Vip, onde as pessoas votavam e ao tempo em que o faziam, não estava gente permanentemente a fazer campanha, baralhando os sócios com novas calúnias e difamações.

Não valeu tudo para impor um presidente aos sportinguistas.

E o que se diz, nos jornais, corresponde tudo à realidade.

Realidade, depois de "afinada", pois claro!

As manifestações pacíficas que se têm realizado contra o que se passou não são espontâneas, são de pessoas que não gostam do Sporting ou que estão organizadas em claques.

Não há razões para revolta.

Aliás, não há mesmo nenhuma revolta nem nos adeptos "não alinhados" nem nas próprias estruturas directivas dos núcleos do Clube.

Está tudo calmo e conformado, uma verdadeira festa.

Por esse motivo, faz sentido que Pedro Baltazar, Dias Ferreira, Abrantes Mendes e os seus apoiantes continuem em silêncio, remetendo a decisão para o candidato que conseguiu ter, apesar de todas as “condicionantes”, mais 1500 votantes que o candidato vencedor.

Faz todo o sentido que se parta para os tribunais pois a Justiça funciona rapidamente e, desse modo, impedir-se-á atempadamente a tomada de decisões que trazem compromissos que o Sporting deixou de poder pagar, como o endividamento e a celebração de contratos que vinculam o Clube.

Continuemos todos em silêncio porque nada se passou. Rigorosamente nada.

Até pela defesa dos sócios e do prestígio que marcam a diferença desta grande Instituição, não façamos rigorosamente nada!

Deixando-me de ironias, apenas revelo a intenção de que este seja o último texto que escrevo sobre o que se passou. Muitas mais coisas poderia, eu, dizer e testemunhar. Puseram em causa o bom-nome deste grande clube. E aquilo que eu tiver de dizer ou defender, di-lo-ei pessoalmente a pessoas que mereçam a minha total confiança. Com a única condição de que sejam sportinguistas.

E, fora de ironias, afinal de contas, fizeram bem em falar de máfia e “Vale e Azevedice”.

Enganaram-se, foi, no alvo…

Viva o Sporting!

1 comentário:

luis cirilo disse...

Compreendo,caro António, a sua desilusão com o que se passou no Sporting.
É sempre frustrante quando a maioria não ganha por força de sistemas eleitorais anacrónicos como o existente no SCP.
E ,já agora,também no SLB.
Porque a maioria dos votantes escolheu Bruno Carvalho e não Godinho Lopes.
Um pouco como o que aconteceu nos EUA em 2000 quando Al Gore teve mais votos mas foi George W. Bush quem venceu as eleições.
E resultados desses apenas servem para dividir massas associativas,criar hostilidade entre sócios,fragilizar o clube.
Afinal tudo seria mais simples se os estatutos previssem uma segunda volta no caso de nenhum candidato ter maioria absoluta na eleição.
Não sei como se desenrolou o processo de votação e a contagem dos votos.
Mas pelo que vi na televisão e li posteriormente,bem como por aquilo que o seu texto descreve,não me custa a crer que tenha existido grossa malandrice durante a madrugada.
Já participei em eleições suficientes, (partidárias,desportivas,politicas)para saber que ninguém demora tanto tanto tempo a contar tão poucos votos.
E a discrepância entre número de votantes anunciado e número de votantes final aponta claramente para uma "chapelada".
É pena.
Porque não é "deste" Sporting que o desporto português precisa.