terça-feira, 11 de setembro de 2007

Palmas ao CDS/PP


Sou militante do PSD, mas não é isso que me faz não elogiar as atitudes dos outros partidos políticos. Como sabem, está a decorrer em França um campeonato do Mundo de Râguebi, onde, pela primeira vez se encontra uma selecção amadora. E essa selecção é a de Portugal.
Joguei Râguebi, primeiro no Direito e depois na Agronomia, e sei bem as condições que existem para esta modalidade. Ou melhor, sei as condições que não existem. Por ter estado numa equipa de râguebi, reconheço ainda mais a grandeza dos jogadores que compõem a actual Selecção Nacional e a competência do seu seleccionador.
O râguebi, em Portugal, é um desporto praticado por milhares de jovens, mas é considerado como amador. Só que quando joga a selecção há mais gente nas bancadas do que noutras modalidades que são consideradas profissionais. Ser jogador de râguebi, em Portugal, não é fácil. Não se ganha com isso. É um desporto praticado em part-time. Assim, estes jogadores e a equipa técnica da selecção portuguesa (e não só eles!) têm levado o râguebi português às costas. Sozinhos. Até ao mais alto patamar mundial, que é, sem dúvida, a Taça do Mundo.
Por eles, pela forma como divulgam o râguebi e levam o nome do país para todo Mundo, o mínimo que o Governo podia fazer era reconhecer esse feito. E só o pode fazer se incluir o râguebi nas modalidades de interesse público.
Não haja dúvida que merecem mais estes jogadores amadores de râguebi do que os pernas de pau da nossa selecção, que cantam mal o hino nacional e alguns nem são portugueses e que ganham dezenas de milhar de contos por mês.
Da mesma forma que a selecção de râguebi honra o país, o mínimo que o país pode fazer é retribuir. E foi isso que pediu o CDS.

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