domingo, 30 de setembro de 2007
As "elites" e o mau perder
Eu, às vezes, tenho mau perder. Mas tenho mau perder no desporto, principalmente, quando a minha equipa do coração não ganha. Já tive mais, mas ainda tenho algum mau perder. Agora aceito melhor as derrotas da minha equipa.
Na política não pode haver mau perder. Podemos não compreender as derrotas, mas não podemos criticar a vontade do povo, que é soberano.
O que se está a passar é que há militantes do PSD que não compreende a vontade da maioria dos militantes. Pior. Há pessoas que criticam os outros militantes do Partido, dizendo que o voto dos militantes que deu a vitória ao novo líder do PSD contribuiu para uma derrota do Partido.
Na política, depois de uma eleição interna de um partido político, todos se deviam unir para trabalhar em conjunto. Por isso mesmo é um partido político. Só se está num partido se quiser. Quem entrou e já não identifica com o partido, sai. Agora, não pode acontecer o que se está a passar. Os militantes estão a ser insultados porque decidiram mudar. Isso é um sinal claro. Nunca na história do PSD se deu um valor tão grande à vontade dos militantes. E agora que isso acontece, criticam-se as escolhas destes. É o mesmo que o PS ganhar as eleições e as pessoas do PSD começarem a dizer que era uma desgraça e que tinha sido uma derrota dos valores e de Portugal. Que estupidez. Quem critica a escolha dos militantes, não é só porque tem mau perder. É porque não entende a democracia. Isso é grave, ainda para mais quando se fala de membros de um partido político. Se não se identificam, podem sair. Há outros partidos, com os quais talvez se possam identificar mais. As portas do PSD têm de estar sempre abertas: à entrada de ideias e de militantes e à saída dos mesmos.
Acho que todas as pessoas que têm a posição de Paula Teixeira da Cruz ou de Pacheco Pereira devem dizer, já, que não estão disponíveis para servir o PSD. Luís Filipe Menezes tem de saber com quem conta, que não contava nesta campanha interna. Num partido político devia haver solidariedade. Se não estão no partido para o servir, mas para se servir a si próprios, então o mais correcto era entregarem o cartão de militante.
Os valores sociais-democratas e o projecto de Luís Filipe Menezes têm de seguir em frente. Foi isso que os militantes quiseram, nas eleições e é isso que os portugueses querem, como demonstram as sondagens. Quem não percebe a realidade e pensa que está acima dos outros, então que forme um partido, só das “elites” que ninguém percebe e com as quais ninguém concorda. Sem ser, claro, as próprias “elites”.
Eu, como simples militante que sou, estou disponível para fazer tudo o que estiver ao meu alcance para que o PSD vença todas as eleições que aí vêm. Quero que o PSD ganhe as Europeias. Quero que o PSD consiga vitórias claras nas autárquicas, nomeadamente nas autarquias que perdeu na liderança de Marques Mendes, como Oeiras e Lisboa, que têm um grande significado para mim, já que é em Oeiras que vivo e é em Lisboa que estudo. E quero, obviamente, ver Luís Filipe Menezes como Primeiro-Ministro de Portugal. E farei o que puder para que isso se torne realidade. Em 2009.
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5 comentários:
http://guerradaslaranjas.blogspot.com/
Como foi tudo dito pelo António, só posso acrescentar -Amém, In cha Allah. Isto é para os da élite não pensarem que somos ralé.
Pois é António, o teu adorado L.F.M. ganhou, agora já não tens desculpa para sair do PSD!
A proposito, já me "inscrevi" na JSD fui lá não sexta feira com a minha mãe, votar, e inscrevi-me, fixe, não?
Ola
»«!
Gosto do artigo...e não só!
Nao estou de acordo se Menezes aceitar que estejam ao seu lado pessoas que o insultaram. Podem apoiar, podem trabalhar numa equipa mas nao devem ser os primeiros "da lista".
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