sábado, 19 de dezembro de 2009

A proposta de Pedro Santana Lopes


Há pouco a acrescentar ao artigo escrito por Pedro Santana Lopes, publicado ontem no semanário "Sol" e, posteriormente, sustentado ou completado com uma entrevista dada a uma estação televisiva.
O que posso acrescentar são duas subscrições, uma opinião e um agradecimento.
Começo pela opinião.
Nos últimos anos, o PSD mudou muita coisa.
Mudou a mensagem, mudou a forma de eleger o líder, mudou várias vezes os líderes, mudou de slogan e chegou mesmo a mudar as suas cores, a sua imagem. O que não mudou foram os resultados eleitorais.
Não se resolve nenhum problema apenas com a mudança de Manuela Ferreira Leite por Passos Coelho, Marcelo Rebelo de Sousa ou por outro militante qualquer. Do mesmo modo que não se resolveu o problema com a substituição de Santana Lopes por Marques Mendes, de Mendes por Menezes, de Menezes por Ferreira Leite. O PSD continuou fracturado, viveu sempre na sombra de ruídos de fundo, perdido e desnorteado.
Eu sei que é muito difícil pôr o dedo na ferida e que mais difícil ainda é realizar um encontro em que se discutem os problemas, em que tudo e todos estão em causa. É difícil. Dificílimo! Mas é o que está certo. É o que é preciso. Com um debate interno, aberto a quem for da área do PSD, seguido por toda a sociedade portuguesa.
Assim sendo, subscrevo integralmente o artigo escrito por Pedro Santana Lopes.
A segunda subscrição, ou disponibilidade de subscrição, tem a ver com as assinaturas. Pode contar com a minha.
Eu sei também que, para algumas facções, é mais fácil não haver discussão e "saltar" logo para eleições. Mas estão erradas essas facções. Porque qualquer candidato ou candidato a candidato pode conseguir, num Congresso, mobilizar o Partido e convencer aqueles que ainda não estão convencidos.
Eu sou a favor deste Congresso. Antes das directas. Mas que seja sério e espero que não vão lá militantes que, sem respeito pelas bases, digam que o encontro só vai ser útil para alguns cafés e para um ou dois hotéis de uma certa cidade do país.
Os militantes merecem respeito. E os portugueses merecem ter, no PSD, um partido onde se possam voltar a rever.
Espero que aproveitemos essa oportunidade. É que há muitos militantes, descrentes, que têm vários nas cartões na carteira, que têm carinho (muito mais do que isso até!) por todos eles mas que sabem que, acima de qualquer outra coisa, na altura de decidir ou de fazer rupturas (se elas vierem a ser necessárias) está o cartão de identificação pessoal, o cartão de cidadão português.
Resta-me terminar com o agradecimento. A Pedro Santana Lopes. Por ser, entre os que são vivos, o que mais esforços fez, e continua a fazer, para servir os interesses do partido. Por ter sido a voz de uma boa parte de militantes e ter tomado, por esses militantes, a iniciativa que pode ser a oportunidade mais flagrante para que o PSD possa voltar a ser um grande partido e uma alternativa séria de Governo.

2 comentários:

luis cirilo disse...

Acho este post excelente no conteúdo e nas intenções.
Eu também acho que este congresso faz sentido.
Porque se há coisa que tem faltado nos ultimos anos é precisamente o debate interno,o confronto de ideias, a discussão dos caminhos a seguir.
Penso que todos os militantes devem olhar para este congresso como uma oportunidade para travarmos o declive em que deslizamos de alguns anos a esta parte.
Entendo,face até á posição da lider,que devia ser a CPN a promover este congresso solicitando a sua marcação ao conselho nacional.
Ganhariamos tempo e evitar-se-ia a maçada da recolha de assinaturas.
Mas se tiver de ser através das 2500 assinaturas então que seja.
Por mim,se me for possivel,lá estarei.
Porque gosto do partido e porque respeito os 2500 militantes que vão emprestar o seu nome á convocatória do congresso.

luis cirilo disse...

E,claro,porque é uma discussão da qual nenhum militante se deve excluir.