domingo, 16 de setembro de 2007
O renascer do PPD/PSD
Confesso que já sentia saudades daquelas campanhas vitoriosas do PSD.
Ainda me lembro das vitórias de Cavaco! Mas as de Durão Barroso e de Pedro Santana Lopes são as campanhas das quais guardo maiores, e melhores, recordações. Depois, o PSD murchou, adormeceu. Perdeu as Câmaras de Oeiras e Lisboa, locais onde vivo e onde estudo, o que me deixou triste e magoado com o Partido, porque as perdeu por culpa própria. Deixou de fazer oposição ao Governo Socialista. Tornou-se mais pequeno e pouco representativo, na medida em que representa apenas os interesses de alguns militantes, sobrepondo-os ao interesse nacional. Perdeu a força. Virou-se para dentro, na tentativa de criar guerras com os companheiros do Partido, o que já vinha sendo hábito de Marques Mendes, desde o tempo de Durão Barroso. E fechou-se.
Se a situação do país e a governação socialista é preocupante, a realidade do PSD é dramática. O PSD vive num clima anti-democrático, de perseguição, de intrigas e de suspeitas. Impede-se a todo o custo o voto dos militantes, impossibilitando-os de procederem ao pagamento das quotas. Mas ontem à tarde pude sentir que o PPD/PSD ainda está vivo e partilhei este sentimento com mais de mil pessoas que enchiam aquela sala. Ontem foi dado um claro sinal de esperança para o país.
Primeiro, Ângelo Correia descreveu a situação nacional, sendo aplaudido de pé, quando incentivou os militantes a contribuírem para o renascimento do PPD/PSD. Essa sua crença fê-lo apoiar o dr.Luis Filipe Menezes para a liderança do partido, por considerar que ele é a única pessoa capaz de mobilizar os militantes, reabrir o partido à sociedade portuguesa e a pessoa certa para GANHAR PORTUGAL.
Depois, Luís Filipe Menezes explicou a estratégia para se chegar ao governo e para pôr fim à crise que assombra o país. De resto, foi um discurso que todos os militantes deviam ouvir atentaamente. Foi um discurso fantástico, denotando um espírito reformista forte, o que é, exactamente, aquilo que os portugueses exigem ao PSD. Foi um discurso enriquecedor, moderno e de futuro. Por isso, mais de mil pessoas aplaudiram com entusiasmo aquele que será o futuro líder do PPD/PSD.
Foi, provavelmente, o dia mais feliz do PSD, em Lisboa nos últimos dois anos. Notou-se, finalmente, uma mobilização dos militantes, por vontade própria. Afinal de contas, este Partido não vai buscar pessoas às aldeias do Norte para virem agitar bandeiras. As pessoas voltaram a querer intervir na política, dando o seu apoio a Luís Filipe Menezes. O casamento entre o PSD e os portugueses voltou a estar à vista. Faltam ainda 12 dias para acabar o divórcio. As pessoas, em ruptura com o PSD de Marques Mendes, não querem voltar a votar em Sócrates. Exigem uma mudança no PSD e é isso que nos deve unir a todos, militantes e companheiros de Partido. Chega de perseguições internas por divergências políticas. É tempo de dizer basta ao PSD dos últimos anos: o PSD que não é PSD, que não se identifica com os companheiros que ganharam eleições e governaram o País e as Câmaras, como Pedro Santana Lopes e Durão Barroso. Orgulho-me, muito, dessas vitórias, dessas governações e de os ter no meu Partido. Está na altura de voltar a trazer as pessoas mais competentes que se afastaram do Partido nestes 2 anos.
Depois de ter estado presente num dos vários momentos que têm mostrado o renascimento do PPD/PSD, vi na televisão a mesquinhez de um líder, cada vez mais nervoso e cada vez com menos pessoas ao seu lado e nas suas acções de campanha, propagandear uma mentira. Sim, dizer que Menezes é incoerente por não querer ir à SIC Notícias debater é mentir, publicamente, mais uma vez a todos os militantes e a todos os portugueses. Menezes foi frontal nesse assunto. É um contraste brutal ver Menezes e depois ouvir Marques Mendes. Acho que todos sentimos isso.
Aliás, sobre esse assunto das televisões, não compreendo o porquê de Mendes ter medo de ir à televisão pública, que, de resto, foi a que lhe fez o primeiro convite. Preferiu aceitar um convite para ir à SIC Notícias, um canal a que poucos têm acesso. A táctica de Marques Mendes é fugir. Aqui entre nós, é inteligente ir-se a uma televisão que poucos podem ver, ainda por cima num dia em que o FC Porto e o Benfica jogam para a Liga dos Campeões. Nem eu esperava outra decisão de Marques Mendes. Vai à televisão para dizer que foi, porque poucos iam ver. Foi assim que o PSD chegou à situação em que está agora. Está escondido e inacessível. Mas a boa notícia é que essa situação vai acabar no dia 28 de Setembro, com a grande vitória que Luís Filipe Menezes vai obter.
Já o disse e volto a dizê-lo que me magoou o facto de não poder ter entrado no PSD, de uma forma livre e pessoal. Querer ser militante do PSD e não me deixarem é como querer ir ver um jogo do meu querido Sporting a Alvalade e barrarem-me o acesso ao Estádio. Ainda para mais, Marques Mendes e as pessoas que tentaram impedir a minha entrada no PSD nunca me deram uma explicação sobre o sucedido. A única explicação que ouvi foi um gaguejar típico de quem está nervoso de um colega afecto a Marques Mendes. Felizmente, hoje já sou militante do PSD, a minha quota está paga e espero que não haja nenhuma falcatrua que me impeça de com o meu voto ajudar a eleger Luís Filipe Menezes. Não será um voto contra Marques Mendes, porque esse já foi dado em várias eleições, como as de Lisboa. Será um voto na capacidade e na competência de um homem que fez obra em Vila Nova de Gaia e que conseguiu, num curto espaço de tempo, mobilizar um partido que estava, há muito, desanimado e afastado da política. Já conhecia o excelente trabalho feito em Gaia, mas tive a oportunidade de conhecer pessoalmente o homem em quem vou votar. É moderno, reformista, mobilizador, competente e tem relações de grande proximidade com as pessoas. É uma pessoa próxima dos militantes e dos portugueses, acessível no contacto directo, contrastando com a frieza e distância do actual líder. Não tenho dúvidas de que é a pessoa certa para liderar o Partido e de o levar ao Governo em 2009. Mais. É a pessoa indicada para protagonizar uma mudança no país. Afinal de contas, se é possível em Gaia, é possível em Portugal.
Eu tinha a noção de que seria muito complicado derrotar José Sócrates, mas caso Luís Filipe Menezes vença as directas do próximo dia 28, arrisco-me a dizer com convicção que, seguramente, o Partido Socialista será derrotado (e expressivamente!), em 2009.
A mudança já começou (e só não a vê quem não pode ou quem não quer!)!
Vamos, juntos, GANHAR PORTUGAL!
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3 comentários:
Ola Antonio,
quero-te dizer que tens um blog bastante interessante e que escreves bastante bem. Sinceramente, não sabia que tinhas tanto jeito para expressar as coisas que pensas. É uma excelente qualidade e não deves desperdiça-la. Continua a ter voz propria e não tenhas medo daquilo que dizes, há coisas que têm mesmo de ser ditas. Já agora...também sou colaborador no blog de um amigo meu, se quiseres ver o endereço é: www.gameirices.blogspot.com . Não sei se vais gostar porque não tem muito a ver com o teu. É mais um blog de amigos.
Quanto a este post concreto concordo contigo em quase tudo. Penso que Luís Filipe Menezes é a melhor opção para o PSD e para o país (sim porque a oposição que Marques Mendes faz é zero)mas tenho sérias dúvidas se conseguirá derrotar o Sócrates em 2009, uma vez que já está um bocado apertado de tempo.
Muitos Parabéns, Um abraço do teu primo Duarte C.
HÁ uma frase essencial para se querer a vitória de Meneses. A frase foi dita por Angelo Correia -“Somos o partido da indiferença, e o País olha para nós com indiferença”. Há que mudar!
Pois, na capital do pais é normal! ou achas q nao?
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