quarta-feira, 15 de abril de 2009

A escolha do PSD para as Europeias


Hoje, escrevi um artigo, aqui no blogue, que falava de escolhas.
O PSD fez, hoje, uma, que importa abordar.
Antes de mais, gosto do risco. Porque o risco demonstra coragem. E quem não arrisca, geralmente, não o faz por ter medo. Por isso, escolher Paulo Rangel seria uma opção arriscada, pela proximidade que tem para com a líder e pelo facto de ser uma escolha (aparentemente) pessoal de Ferreira Leite.
Porque o PSD poderia ter jogado pelo seguro e apostado numa figura consensual, numa figura de facção, numa figura de continuidade ou até poderia ter ido buscar algum grande nome à sociedade civil, que estivesse mais ligado à àrea do PSD. Todas essas opções seriam simpáticas, recolheriam a possível unanimidade e o resultado das Europeias seria isso mesmo. E nada mais. Mas Ferreira Leite, ao escolher aquele que é, dentro do PSD, um dos homens que está mais próximo de si, revelou uma coragem, que merece ser sublinhada.
Se, por um lado, a vitória de Paulo Rangel poderá abrir caminho a uma vitória nas legislativas, por outro, uma derrota sua (digo, do PSD) poderia despertar as diversas facções que, no interior do partido, têm ideias divergentes das que tem Ferreira Leite. Facções essas que têm estado adormecidas. E, mesmo que esse despertar não acontecesse, a líder do PSD sairia sempre fragilizada com a derrota de quem é o seu representante número um no parlamento.
É um risco. Que o PS preferiu não correr. Porque o PS teve medo. O PSD não teve.
Essa é a primeira conclusão que tiro desta escolha do PSD sobre o seu cabeça de lista para as eleições europeias.

2 comentários:

luis cirilo disse...

Antes de proferir opinião definitiva vou esperar pelo resto da lista.
Porque uma andorinha não faz a primavera.
Mas é,sem duvida,uma escolha corajosa.
Porque é um novo protagonista e porque a lider não foi pelo caminho mais fácil que era o de respeitar as "velhas lógicas".
Vamos ver...

Anónimo disse...

Concordo que a escolha foi corajosa pois é uma machadado no establishment que tem reinado. Muito mau para os barões, mas isto não chega. A ver vamos.
Jorge Ribeiro