terça-feira, 13 de maio de 2008

As directas e o futuro do PSD


Durante os últimos tempos, falou-se de tudo o que não se deveria falar. O objectivo do PSD tem de ser o de ganhar as eleições legislativas de 2009. Qualquer outro que seja o objectivo de um líder ou de qualquer militante do PSD não será, com toda a certeza, objectivo meu. Não tenho nenhum motivo ou ambição pessoais no PSD. O que me move é o patriotismo e as fortes convicções que tenho. Essas convicções levam-me a crer que o PSD pode chegar ao Governo em 2009, tendo em conta o perigo que a continuidade de José Sócrates e do Governo “Socialista” constitui para o futuro do país. Estou consciente de que o mundo enfrenta uma crise grave, crise que já afecta Portugal e cujo impacto pode ainda agravar-se nos próximos tempos. Essa será a altura de o PSD questionar José Sócrates se é mesmo verdade, como o Primeiro-Ministro repete constantemente, que as contas públicas estão em ordem e que o país transpira saúde financeira.
A derrota do PSD em 2009 não está, a meu ver, consumada. O próximo líder do PSD não tem ainda o destino traçado. Seja ele homem ou mulher. Sócrates terá de responder ao incumprimento das suas promessas, à primeira decisão, irreflectida e precipitada, da localização para o futuro aeroporto internacional de Lisboa e confrontá-lo com meia dúzia de propostas fortes, credíveis e consistentes que o PSD terá de apresentar. Sócrates terá de passar por essas e por outras e o(a) líder que for eleito(a) nas próximas directas terá de criar uma onda de mudança com grande impacto nacional. Há todas as razões para que isso aconteça.
Sendo assim, estou fora de qualquer guerra pessoal. Votarei no dia 31 de Maio em consciência e de acordo com as minhas convicções, indiferente a qualquer apoio a qualquer candidato. O que fará votar serão as propostas que forem apresentadas e a consciência de quem terá melhores condições para levar o PSD ao governo de Portugal. O que está em causa não é a escolha de uma cara, mas de um projecto que leve o PSD, de novo, ao Governo do país.
Eu só espero que os militantes percebam isso.

1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo! Projectos precisam-se, não de ocupação de poder...