sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A Fiorentina


Depois de um minuto de sorte, o sorteio desta manhã não poderia ter sido pior para o Sporting.
Porque poderia ter saído um desconhecido Timissoara, acessível para o Sporting. Um Celtic, menos fácil mas também acessível. Ou até mesmo um Atlético de Madrid, em que, com o favoritismo de jogar em casa, uma boa prestação na capital espanhola, levaria certamente o Sporting para a Champions League. Mas não. O sorteio ditou o pior possível.
O pior possível, também porque a Fiorentina é a equipa pela qual torço fora de Portugal. É quase que uma segunda equipa para mim, sobretudo pela sua apaixonada massa associativa. Além do mais, a Fiorentina, como equipa, é boa da baliza ao ataque, tem o privilégio de ter uma defesa (além do guarda-redes Frey) muitíssimo experiente e um meio-campo que, apesar de ter perdido Felipe Melo para a Juventus, tem Marchionni (vindo também de Turim) que se junta a Kuzmanovic e Montolivo, dois jogadores que, para mim, têm um grande futuro pela sua frente. Além deles, Semioli, Jorgensen e Santana gozam de muitos anos de casa. Mas o pior, do ponto de vista do Sporting, é o ataque que, com Mutu, Gilardino, Jovetic (que joga melhor à esquerda e tem um enormíssimo potencial), além de Castillo que, salvo erro, se transferiu do Ascoli, é claramente amedrontador.
Em suma, a Fiorentina tem um treinador experiente, uma equipa que se tem mantido e reforçado ao longo do tempo, podendo, com essa estratégia, estar hoje entre os quatro primeiros do campeonato italiano. É a única equipa, entre as possíveis do sorteio, realmente completa, em que o Sporting, para a poder ultrapassar, tem de estar muito concentrado durante todos os minutos, tem de ser eficaz na frente e, sobretudo, não pode perder de vista a linha dianteira da Fiorentina. Até porque, jogando com equipas italianas, as derrotas acontecem em pequenas distracções e pequenos erros, que os italianos aproveitam, normalmente, para matar o jogo. Contudo, a Fiorentina é mais conhecida por sofrer poucos golos do que marcar muitos.
Adorava poder ver a Fiorentina na Liga dos Campeões. Foi, afinal, uma grande alegria para mim quando a equipa da maravilhosa cidade de Florença conseguiu ficar à frente do Génova, numa disputa intensa na época passada, apesar de ter ficado com os mesmos pontos. Se não me engano, a Fiorentina (assim como o Génova) fez 68 ou 69 pontos. A apenas seis pontos da Juventus e do AC Milan. E foi um empate a um, com o Lecce, já na penúltima jornada da Serie A que permitiu que a Fiorentina pudesse estar na Champions. Para não ir, o Génova teria de impôr uma goleada estrondosa na última jornada, o que não conseguiu, ficando-se pelos 4-1.
Conversa e memórias de lado, o Sporting terá pela frente uma equipa organizada, mas com alguns pontos fracos. Uma equipa a quem não é fácil marcar golos. Uma equipa que tem, do meio campo para a frente, um plantel quase de luxo. Mas que nem por isso me deixa de fazer sonhar. Em ouvir o hino da Liga dos Campeões, outra vez, no Palco dos Sonhos, que é o Estádio de Alvalade.

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