quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Buracos

Uma das coisas que mais me irrita, no dia-a-dia, são os buracos nas estradas.
Até às eleições foram arranjadas algumas estradas. Lembro-me de uma, ali ao pé do liceu Pedro Nunes, mesmo ao lado do Jardim da Estrela, que estava toda esburacada. Pensei nisso os cinco dias da semana que passava por ali. Mas antes das eleições de Outubro, rapidamente aquela rua se tornou outra.
Mas a proximidade das eleições, apesar de serem boas para aqueles que vivem em concelhos de autarcas um pouco mais desleixados, não resolve todos os problemas.
Hoje, num dos acessos que nos fazem chegar ao Eixo-Norte Sul, no sentido do Lumiar, passei numa estrada com quase nenhuma iluminação, passei num buraco enorme e a jante saltou do pneu. Por sorte, não foi direita ao autocarro, que conseguiu parar a tempo nem acertou numa senhora, já com alguma idade, que por ali passava. Foi mesmo uma grande sorte!
Já tinha falado nos buracos. Peço desculpa por voltar a falar deles. Só que penso neles quase todos os dias. São os dias em que ando de carro.
De Belém a Benfica, dos Prazeres ao Lumiar, para não falar daquelas estradas quase intransitáveis em Alcântara e na Ajuda, as estradas de Lisboa têm cada vez mais buracos e, além de causarem danos aos veículos, começam a pôr em causa a integridade física daqueles que ainda têm a coragem de andar a pé, em locais com pouca gente e com pouca luminosidade, depois do sol se pôr.
Talvez não fosse má ideia que aqueles que governam os lisboetas começassem a arregaçar as mangas e a pensar nos problemas do dia-a-dia da pessoas. Seria muito mais consequente do que as ciclovias (mal feitas ainda por cima) que poucos usam, do que aquelas fantasias de festivais aéreos, além dos, já célebres, campos de girassóis.
Falo hoje dos buracos nas estradas. Mas poderia falar das segundas e terceiras filas de estacionamento. E de uma série de problemas que um condutor enfrenta no seu quotidiano. Não é sério falar-se numa estratégia de redução de tráfego automóvel quando os transportes públicos são manifestamente insuficientes.
Os que chegam a Lisboa todos os dias de concelhos limítrofes não têm outro modo para chegar à cidade. Apenas alguns têm o combóio. Os autocarros andam perdidos nas filas de trânsito. E, mesmo dentro da cidade de Lisboa, o metro não chega a todo o lado. Além disso, o tempo que se demora em mudar de um autocarro para o outro, da linha verde para a amarela, para depois entrar num combóio que nos leve até perto(!) de casa, faz com que os transportes públicos não sejam, neste momento, uma alternativa séria à utilização do automóvel.
Se as pessoas pagam os impostos ao nível dos que estão a pagar, só têm é de exigir que os passeios sejam circuláveis, que haja espaços verdes, que as ruas estejam limpas e que não existam buracos nas estradas. E que assim seja sempre. E não apenas em algumas zonas quando há eleições à porta.

3 comentários:

Anónimo disse...

Nunca Lisboa teve tantos buracos.

O problema é os vereadores andarem em grandes bombas com suspensões xpto que os faz pensar que andam a voar, tal anjinhos inocentes.

Se andassem no velho corsa de 2001 ou no punto de 1999 logo veriam o que é sofrer das costas.

Os passeios, de calçada estão, invariavelmente com buracos. Pobres dos velhinhos e das Mães que andam com os carrinhos dos bébés, por esses "passeios"....

A rua do Andaluz, onde habitam muitos velhos tem a calçada toda levantada, SEMPRE.

E o lixo que abunda à volta dos ecopontos?

E a merda dos cães?

Alguém que aperte com o sr Costa e com a sra Roseta.

Só pensam em grandes obras? E as PESSOAS?

Anónimo disse...

O senhor Costa e a >Roseta e Zé, já estão a pensar no dia de Santo António abençoar os gays, ora está um trabalho importante para a Cidade de Lisboa.
Votaram neles, agora aguentem.

maria disse...

São os buracos das ruas e das estradas...são as ruas cheias de lixo e porcas...são os jardins mal tratados, com as árvores, canteiros e relva ratados e a morrer, com bancos partidos...são os grafittis em qualquer parede...prédios em ruínas...transportes públicos que não vêem uma limpeza há muito tempo...

E tantas, tantas outras coisas que estão mal, muito mal...

E pergunto eu, para que serve um presidente da Câmara, vereadores e todas aquelas pessoas que lá trabalham???

No caso de Lisboa, o presidente devia era estar na Câmara a cuidar da cidade e a resolver todos os seus problemas e não em programas de tv a dizer baboseiras...

Para além disto, todos nós devíamos ser mais cívicos também...

Enfim!

Bjs