sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O congelamento de salários dos funcionários públicos


Com o Orçamento de Estado para 2010, os salários dos funcionários públicos ficaram congelados.
Tendo em conta a duríssima situação económica do Estado Português não poderia haver outro caminho. Por isso, esta proposta, específica, do Governo faz todo o sentido.
O que acontece é que os órgãos de comunicação social estão a dizer que o congelamento de salários foi proposto pelo PSD. Dizem, alguns desses órgãos, que foi uma condição imprescindível que o PSD colocou para poder viabilizar o Orçamento.
Ora aqui está mais uma enorme manobra de propaganda dos socialistas, a que, de uma forma um pouco mais educada, Pacheco Pereira define como situacionismo.
Os portugueses devem perceber que o PSD não tem nada contra os funcionários públicos.
Os portugueses devem perceber que este congelamento de salários só acontece fruto de anos e anos de governações socialistas que foram desastrosas para a nossa economia.
Possivelmente, se o Governo tivesse acolhido os avisos feitos antecipadamente pelo PSD, não chegariamos a este ponto.
Essa é a verdade. Que não passa nos telejornais. Que não aparece nos noticiários matutinos das rádios. Que não é impressa nos jornais que se vendem todos os dias. Mas que merece ser dita.
Os salários dos funcionários públicos foram congelados também porque o PS não tinha outra alternativa. Em mais de quatro anos de maioria absoluta não fez as reformas necessárias na função pública. Perdeu essa maioria. Mas poderia, se quisesse, opor-se a essa hipotética condição do PSD.
O PSD compreende as pretensões de quem trabalha na função pública.
Mas quem trabalha na função pública deve compreender que a questão é entre ter trabalho ou não ter trabalho. Entre ter ordenado e não ter. Entre poder pagar empréstimos e não poder. Entre ter pão em casa e não ter.
Os aumentos salariais estão, por isso, completamente fora de questão. E a responsabilidade é, como acima disse, exclusiva do Partido Socialista.

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