terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Os perigos da mistura entre a política e o futebol


Foi comentado na blogosfera, mas não tanto como a situação exigia.
Neste período de férias do campeonato espanhol, houve um jogo, na Catalunha, realizado no Camp Nou, estádio do Barcelona, entre a selecção argentina e uma selecção da Catalunha.
Foi um jogo transmitido, creio eu, para vários países do mundo, mas curiosamente, ao contrário do que eu esperava, não houve grandes reacções.
Numa altura em que se fala muito da intenção da Catalunha se tornar independente de Espanha, é censurável a aceitação por parte da Federação Argentina de Futebol para participar nesse jogo. Porque o que estava em causa era político.
Para ajudar à "festa", a Argentina levou uma equipa de segunda linha e a selecção da Catalunha ganhou o jogo.
Hoje fala-se que o presidente do Barcelona, que fez com que esse clube vencesse todas as competições, sendo campeão espanhol, europeu e mundial, tenciona candidatar-se à presidência da Catalunha e fazer com que seja, num futuro próximo, um Estado independente.
Se vier a acontecer, eis aqui um grande exemplo dos perigos que uma conjuntura de hegemonia no futebol podem causar politicamente.

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