Queria ter escrito este texto no dia 16 de Abril, que foi Dia Mundial da Voz.
Ter voz é uma das coisas mais importantes da vida. Daí que, quando decidir criar este blogue, decidi dar-lhe o nome de "voz própria".
Há quem a use para cantar, há quem a use para discursar, há quem a use para defender e para atacar, há quem a use para comunicar.
Há quem a use para insultar. De resto, no Dia Mundial da Voz, o Primeiro-Ministro de Portugal, em plena Assembleia da República, recorreu a esse instrumento para insultar um deputado democraticamente eleito.
Mas há vozes que servem para coisas maiores. Como a de Amália. Ou como a de Jorge Perestrelo. Porque essas vozes confundiram-se com momentos da nossa vida e, não raras vezes, uniram-nos a todos, por algum tempo. Foram a voz, a voz própria, de Portugal.
Num momento delicado, em que os portugueses se sentem enervados pela imprevisibilidade do futuro, nada melhor do que ouvir uma das vozes que mais nos uniu. E que, relatando uma conquista desportiva de quem representou este país, que só foi possível quando juntos demos as mãos puxando no mesmo sentido, termina com aquilo que mais interessa: "Viva Portugal".
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