domingo, 16 de maio de 2010
Minoria pouco silenciosa
Sempre ouvi as minorias queixarem-se do pouco tempo de antena.
Aliás, em várias questões, nomeadamente no que respeito ao fervor clubístico, sinto na pele esse pouco tempo de antena.
Acontece, porém, que já há algum tempo que se mantém um programa, curiosamente chamado de Eixo do Mal, num horário bastante aceitável para fim-de-semana, que se dirige fundamentalmente às minorias. Sim, ao falar-se de um grupo que inclui os soaristas fanáticos, os bloquistas ferrenhos e ateus iluminados por uma suposta inteligência superior, estamos a falar sempre de uma minoria.
De uma minoria que diz o que quer, quando quer, sobre o que quer, conforme lhe convier. Di-lo sem contraponto, sem direito de resposta, com as costas largas. Porventura, alguns deles pouco fizeram no passado para ter esse direito.
Essa minoria não percebe por que razão quando se ligava a televisão e quando se abriam os jornais havia uma notícia com claro destaque. Ora, existe uma maioria de católicos em Portugal, gente de todos os cantos do país, que, sobretudo por motivos relacionados com a idade e com a saúde não se pôde juntar ao conjunto que ultrapassou o milhão de pessoas que acompanhou pessoalmente a visita do Papa Bento XVI a Portugal.
É uma maioria. Ou, pelo menos, a maior da minorias. Não percebem?
Então, já agora, fica uma pergunta: queriam que passasse o quê? E porquê?
Existe uma maioria em Portugal que, pelo menos na teoria da Fé, tudo perdoa. Se for essa a inquietação, pelo perdão, podem, os iluminados, ficar descansados...
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