quarta-feira, 29 de julho de 2009

Santana ganha primeiro debate

Realizou-se ontem o primeiro debate entre os candidatos a presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Que abriu o apetite para a campanha eleitoral. Mas que exige, pela complexidade e importância da capital do país, pelo menos um segundo debate, mais próximo das autárquicas.
Muito marcado pelas contas, muitos ficaram surpreendidos pela insistência nos números da dívida e do passivo. Pensavam que essa era uma questão que Pedro Santana Lopes iria querer evitar. Mas quem não deve também não teme, ficou claro que Santana assumiu dívidas de anteriores gestões socialistas, o que aumentou a dívida e o passivo camarários. Ficou também claro que António Costa diminuiu a dívida a fornecedores. Como? Pedindo emprestado à banca, a quem ficou a dever com um juro mais elevado. Ou seja, a Câmara diminuiu a dívida a fornecedores apenas porque o que a eles devia, deve agora ao banco. E, provavelmente, deverá bastante mais.
Não me surpreendeu, portanto, a insistência em falar de contas. Surpreendeu-me, e pela negativa, o desconhecimento de António Costa relativo à cidade. Não estava à espera que um Presidente de Câmara, depois de dois anos em Lisboa, não conhecesse a cidade.
Outra questão foi a das obras. Será possível que um homem venha defender o pré-pagamento? É que quando Santana Lopes saiu da Câmara, o túnel do Marquês ainda não estava completo. Isso é que é irresponsável. Será possível que um homem venha dizer que o túnel do Marquês não é obra de Santana Lopes? Aqui, a reacção só pode ser um "lol".
Foi um debate curto (para o que a cidade exigia), mas intenso e disputado, com vitória clara de Santana Lopes.
Foi também um debate útil, visto que evidenciou algumas diferenças entre os dois candidatos: um diz que a casa ficou arrumada, o outro sente, ouve e abraça Lisboa. Um faz truques com as contas, o outro faz as contas para resolver mais depressa os problemas dos munícipes e fazer obra que se possa traduzir em maior qualidade de vida. Um é presidente se secretária, o outro é presidente de rua, de proximidade. E o poder autárquico exige a proximidade. Da rua. E das pessoas.
São estes os dois candidatos: um é António Costa, o outro é Santana Lopes. Que ganhou o debate, abrindo caminho para uma vitória com sentido a 11 de Outubro.

4 comentários:

maria disse...

Foi um debate demasiado curto, o tema merecia mais tempo de antena, mais discussão...

E claramente ganho por Santana Lopes...o que não era difícil de prever, António Costa não quer ser presidente da Câmara, apenas quer o poder custe o que custar...António Costa de Lisboa conhece apenas a rua onde mora, se é que mora cá, e o Terreiro do Paço...ah, também conhece o Túnel do Marquês, porque segundo ele disse a um jornal, foi ele que o pagou ehehe

E utilizou muitas vezes o que já nos habituamos a ouvir de alguns membros do PS, a expressão "não esteja nervoso" ou "não fique nervoso", na tentativa de desestabilizar Santana Lopes...quando não têm argumentos é isso que fazem...

Santana Lopes chegou e sobrou para um António Costa que não sabe o que diz e muito menos o que faz...

Beijo :)

maria

Armando Filhote disse...

Fez uma análise correcta, creio. Concordo consigo. É um problema, esta falta de conteúdo de António Costa.

Anónimo disse...

antonio antes do meu comentario queria deixar bem claro que sou claramente santana nesta luta renhida, vai certamente pa ele o meu voto!

porem penso que te faltou um dado ao dizeres que ao dever ao bancos os gastos depois serao mais elevados devido aos juros. tudo bem, mas a demasiado longa divida aos fornecedores pode levá-los à falencia mais facilmente que aos bancos...

mas de resto sou 100% santana, nao ha a minima duvida que é o melhor para Lisboa. (e nao consigo deixar de admirar a sua capacidade de varrer em debates! ja tinha saudades!)

Bruno Gomes disse...

Concordo com o último comentário mas acho que entre todos os blogs que li o comentário feito por ti sobre o debate "capital" foi um dos que mais corressponde à minha opiniao