domingo, 11 de abril de 2010

Jesus e a fadiga


Eu vi o Benfica antes do Jorge Jesus.
Vi o Benfica com o Jorge Jesus.
E espero vir a ver, o mais depressa possível, o Benfica depois do Jorge Jesus.
Não há nada mais injusto do que estas críticas ao treinador do Benfica.
Apesar do jogo psicológico, em que puxamos sempre para o que mais interessa à nossa equipa, Jorge Jesus fez, no Benfica, um trabalho notável.
E a derrota de Liverpool não desvaloriza o que foi feito. O Benfica perdeu, perdeu bem, porque não teve pernas. Mas toda a gente sabe que as equipas portuguesas, num determinado momento, não têm pernas. É normal.
Tudo ficou mais difícil, também, porque, em Liverpool, o Benfica teve mesmo de jogar contra onze jogadores (durante os 90 minutos) e não teve direito a nenhum penalty.
Faz todo o sentido que o Sporting tenha dado tempo de recuperação à equipa do Benfica. Mesmo que isso custe ao Sporting. Mesmo que custe muito. Seria uma cobardia, se o Sporting ajudasse a tirar o campeonato ao Benfica, jogando num sábado ou num domingo, com um Benfica a meio gás. Não seria sério. Não iria haver a mesma verdade desportiva.
Sou contra os jogos às segundas, às terças, às quartas, às quintas e às sextas-feiras, mas, neste caso, faz parte do espírito desportivo que se dê, mesmo aos nossos maiores rivais, o tempo necessário para que os protagonistas da festa e do espectáculo estejam a cem por cento.
Só pelo esforço dos jogadores, o Benfica já merecia a vitória neste campeonato do Túnel, decidido há já muito tempo.

1 comentário:

Martinho Sousa disse...

Toni o jogo já estava agendado há algum tempo para esta data porque caso o Sporing tivesse passado com o Atlético também seria do vosso interesse o jogo realizar-se a uma terça-feira.abraço