sexta-feira, 16 de abril de 2010

O exemplo que vem de cima



- "Manso é a tua tia, pá".
(José Sócrates, Primeiro Ministro de Portugal, a 16 de Abril, na Assembleia da República)

3 comentários:

maria disse...

E isto passa-se em plena Assembleia da República, a chamada casa da democracia, onde se discutem todos os assuntos relacionados com Portugal...

Francisco Louçã não devia ter usado o termo "manso", mas quando se tem um PM que usa e abusa de termos menos próprios para falar com quem quer que seja...

O exemplo tem que vir de cima, diz bem, mas que exemplo pode dar este PM?

É uma tristeza ver estes debates!

É uma vergonha!

Bjs :)

Henrique disse...

Não disse nada de extraordinário e foi uma reacção espontânea e normal. Deve ser um bocado irritante ter o Louçã a mandar bocas destas. Ninguém pode garantir que depois de não sei quantas horas no parlamento não reagiria de maneira semelhante a provocações destas. Ele fez um comentário que foi apanhado pelas câmaras.
Não se deve cair na tentação de cair em cima do Sócrates por tudo e por nada, porque se não é como a história do Pedro e do lobo...
Há n casos graves que envolvem o Sócrates mas este não é certamente um deles. Não é por causa disto que ele não serve...

António Lopes da Costa disse...

Permitam-me que responda aos dois num comentário só.

O exemplo que vem de cima não podia ser pior. É certo que não tem apenas que ver com esta afirmação triste. Mais triste ainda por ter sido feita na Casa da Democracia Portuguesa, onde estão representados os cidadãos, e dirigida a um deputado que, goste-se ou não, foi legitimamente eleito pelos portugueses.

Um Primeiro-Ministro assim não terá nunca o respeito das crianças que estão na escola e que, com os mesmos "modos", encaram os professores.

Mais grave do que isto, e além dos casos, são as mentiras.

Nesse mesmo dia, Sócrates mentiu. Alguém acredita que as escutas que o envolvem não ocupavam um milímetro do seu pensamento?

Sócrates mente. Mente com frequência. Sobre tudo.

Não é por causa disto que ele não serve. Nem é só por causa da sua licenciatura ou dos casos onde aparece.

Não serve porque já não tem respeito. Nem faz por merecer esse respeito.

E, pior do que isso, a frequência com que mente é decisiva para que não exista, em Portugal e entre aqueles que aqui queriam investir, a confiança necessária para nos fazer ultrapassar esta crise, onde ele próprio nos mergulhou.


Um beijinho à Maria, um abraço ao Henrique