quarta-feira, 2 de maio de 2007

A(s) morte(s) do(s) artista(s)



Marques Mendes e Paula Teixeira da Cruz têm três soluções: ou retiram a confiança política a Carmona Rodrigues e Marina Ferreira avança para a presidência da Câmara, ou provocam eleições antecipadas, avançando um deles como candidato à Presidência, pelo que me parece que Paula Teixeira Cruz seria a candidata do PSD à Câmara de Lisboa ou, como última solução, demitem-se, reconhecem o mau trabalho e a má postura que tiveram numa luta contra a Justiça e contra todos os arguidos, menosprezando e até condenando, na praça pública, alguns deles.
Segundo sei, a percentagem de arguidos que acabam condenados é de menos de 10%, pelo que a tarefa de os julgar cabe à Justiça, aos tribunais, nunca aos líderes de um partido político.
De qualquer maneira, Marques Mendes e Teixeira da Cruz acabaram por construir o seu próprio caixão. As soluções que têm neste momento são extremas e muitíssimo impopulares, pelo que das duas uma: ou voltam a não compreender a vontade da população, neste caso da população de Lisboa que votou em Carmona Rodrigues, ou voltam a ser incoerentes, visto terem feito tudo para que o governo do PSD, liderado por Santana Lopes, caísse, pelo simples facto de não ter sido sufragado.
A solução mais digna era marcarem uma data para eleições antecipadas. Tanto para a Distrital do PSD de Lisboa, como para a liderança nacional do Partido. Era o mínimo eticamente aceitável. Porque dizer que não têm confiança política não chega. Há que assumir a responsabilidade, visto terem sido eles os responsáveis pela escolha de Carmona para candidato, contra a opinião de grande parte dos militantes do PSD da cidade de Lisboa. Portanto, se retiram a confiança política, têm de marcar eleições para os órgãos do partido para os quais foram eleitos, reconhecendo a má opção que tomaram. Mas duvido que o façam, porque o apego ao poder é grande e todos os portugueses já viram o que lhes calha na rifa se votarem no PSD. Ouço a SIC Notícias, a TSF e várias conversas na rua, que Mendes e Teixeira da Cruz deviam ouvir. É arrasador!

Fui, desde o início, por uma questão de valores, respeito e boa educação contra a escolha de Carmona Rodrigues para candidato do Partido à Câmara de Lisboa. Isto, não por ter alguma coisa contra este candidato independente, mas simplesmente por achar que havia alguém no Partido com mais competência, capacidade de liderança e que merecia esta escolha. Essa pessoa, como todos sabem, era Pedro Santana Lopes. Hoje, certamente que muitos lisboetas reconhecem que o ex-Presidente da CML deixou obra feita. Lisboa foi feliz. A partir daí só houve instabilidade, não por causa de Carmona Rodrigues, mas pelas influências de Mendes e Teixeira da Cruz.

Mas sou coerente. Os lisboetas deram a vitória a Carmona Rodrigues e não a Marques Mendes nem a Paula Teixeira da Cruz. Votaram em Carmona para liderar, durante 4 anos, a principal Câmara do país. Por isso, deve continuar, se a sua consciência estiver tranquila, independentemente de qualquer tipo de pressões. Um cenário de eleições intercalares é ridículo e reforça a ideia de que mais uma vez o PSD só traz instabilidade. Ou melhor, Mendes, Teixeira da Cruz e companhia limitada trazem instabilidade tanto a nível nacional como local. E tudo por razões mesquinhas e para fomentar guerras pessoais contra companheiros do próprio partido.

Contudo, no caso de haver eleições antecipadas, quem deve avançar é Marques Mendes ou Paula Teixeira da Cruz e caso não as ganhem, devem pedir a demissão dos seus cargos e afastarem-se completamente da vida política. Pelo péssimo desempenho nestes últimos anos. Para bem do Partido e do País. É essa a vontade da esmagadora maioria dos portugueses.

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