terça-feira, 18 de março de 2008

A minha "quota-parte"



Enquanto o país se manifesta contra as várias políticas do Governo Socialista, no PSD, os opositores de Menezes, vão falando e criticando o líder por causa das quotas.

Para mim, não há nada menos essencial, neste momento, que as quotas. É completamente ridículo estarmos a discutir a forma como vamos pagar 1 euro por mês (12 por ano). Mas uma coisa é certa. Se alguém, por qualquer motivo, não puder pagar a quota até ao limite do prazo, julgo que seria injusto que não pudesse votar.

Alguma parte da oposição a Menezes tem demonstrado ter algum medo dos votos das pessoas. Porque sentem que os votos das pessoas lhes vão dar derrotas injustas, porque eles, derrotados, são, no seu entender, muito melhores, que os outros. Mas a democracia é mesmo assim.

Uma coisa é certa no meio desta discussão ridícula. É que hoje o pagamento de quotas é mais democrático do que era até Menezes ser eleito. Há mais democracia hoje no PSD do que havia até há um mês atrás. E por isso temos notado tanta oposição ao líder.

Devo dizer até que Menezes esteve bem ao dizer que queria acabar com as quotas. É tirar argumentos a Rui Rio, porque deixará de haver "lavagens de dinheiro" e sem quotas, esta discussão deixa de fazer sentido. Podem votar todos, sem nenhum tipo de burocracia. Sem quotas, o PSD viverá em democracia plena e dará forte exemplo para o país.

Grande parte das críticas agressivas que ouvimos entre Menezes e Mendes nas passadas eleições directas não irão mais existir. Não haverá razão para se tirarem pessoas das listas, não haverá pessoas falecidas com quotas pagas por outros e deixará de haver qualquer tipo de suspeita.

E além de tudo isso, as quotas são pouco significantes no que diz respeito às finanças do Partido.

Há, assim, todas as razões e mais alguma para deixar de haver quotas. Se continuarem a haver, não sairá daí qualquer tipo de problema. Mesmo existindo, têm tão pouco significado que nunca merecerão estas críticas, completamente ridículas, de alguns militantes do PSD.

1 comentário:

luis cirilo disse...

Caro António:
A questão é muito simples.
Durante muitos anos os lideres eram eleitos em congressos,cheios de inerências,em que os barões tinham as coisas mais ou menos controladas.
Agora deixou de ser assim !
São as bases,o tal povo a que alguns deles tem horror,que escolhem.
E como á primeira oportunidade o povo derroutou a nobreza,esta nunca lhe perdoou.
Quotas,regulamentos,imagem pré eleitoral,frases do lider que deturpam e descontextualizam,tudo lhes serve para embirrar.
É uma forma triste de reagir aquilo que não esperavam.
A vitória de Menezes e a derrota de Mendes.
Que,aliás,muitos deles só apoiavam no papel de "cordeiro para o sacrificio"á espera de em 2010 lhe passarem guia de marcha.
Agora há duas coisas que importa relevar:
Uma é o facto de todos os criticos actuais de LFM serem ex apoiantes de MM.
Nao encontra um Menezista que alinhe pelo coro das criticas.
Embora alguns com razões de queixa quanto ao pós 28 de Setembro.
A outra é o desejo que entre os apoiantes de Menezes não surja a tentação de criar novos baronatos.É que narizes empinados já se vão vendo alguns...