quarta-feira, 12 de março de 2008

A vida continua



Sem querer fazer publicidade gratuita, estava a ver agora um anúncio da Optimus na televisão, que dizia que “a vida não pára”. É verdade, por muito que algumas pessoas não queiram, a vida não pára mesmo. É normal observarmos a renovação. Novas pessoas, novas caras, mais jovens, a desempenharem cargos que outrora foram ocupados por outros.

Contudo, no PSD, há quem não aceite bem esta renovação. Estes “históricos” ou “elites” ou o que lhes quisermos chamar estão doidos com a renovação do PPD/PSD. E estão doidos porque têm medo de perder o seu lugar. Isto só nos pode dar uma certeza: estão conscientes de que não merecem esse lugar, que não trabalharam o suficiente para o merecer. Senão não estavam doidos a criticar o novo líder do Partido, fazendo tudo para que o PSD voltasse ao que era. Está bem que perdia eleições, mas o que interessava era que o seu lugar não perigasse.
Há quem, logo que possa, apareça para criticar. Há quem ganhe dinheiro a dizer mal do Partido. Há quem tenha mau perder. Enfim. Podem até ser muitos, mas, mesmo todos juntos, não chegaram para derrotar as bases do PSD.

As bases do Partido decidiram mudar de líder. E decidiram-no democraticamente. Votaram num líder e num programa. Quando votaram sabiam que Menezes iria facilitar o pagamento de quotas no sentido de aperfeiçoar a democraticidade interna. O que Menezes fez foi cumprir uma promessa. Só isso o torna diferente de José Sócrates, conhecido por prometer tudo mas não cumprir nada.

Diziam que as elites iriam sair do Partido. Agora há quem diga que começou uma purga estalinista. Mas há alguém que está mal no PSD? Pois então que saia. Não foi isso que tinha dito? Ou será que afinal Paula Teixeira da Cruz não é das elites? Ou será que não há elites no PSD? Porque Paula Teixeira da Cruz disse que se Menezes ganhasse, como ganhou, se iria dar uma debandada das elites. Não saiu ninguém. Nem a própria Paula. As portas estão sempre abertas. Para entrar e para sair. E mais vale não estar do que estar contrariado.

Nem vou falar do velho crítico Pacheco, porque só a sua imagem já está tão gasta que da sua boca já pouco se aproveita. Há sempre, na vida de um político que está verdadeiramente na política ao serviço do país, um período de pausa, para descansar, para estar com a família. O conselho que deixo a Pacheco Pereira é que faça uma pausa, que vá descansar um pouco. Talvez seja disso que precisa.

Quanto a Capucho, só queria dizer-lhe que ele até pode achar que os regulamentos estão errados. Mas ele é um e inclui-se numa minoria de pessoas que pensa dessa maneira. A esmagadora maioria dos militantes e dos conselheiros nacionais concordam com Menezes e com os regulamentos aprovados. Terá de compreender e aceitar decisões democráticas. E deve respeitar os órgãos do Partido, de que é exemplo o Conselho Nacional. Também pode ir descansar porque disse que se ia demitir e depois diz que afinal era só uma ameaça e que foi afastado por Menezes. Compreenderá que, em regra, uma pessoa normal que vê uma pessoa dizer que se vai demitir, acredita. Ribau Esteves, eu e milhões de pessoas acreditámos quando Capucho disse que se ia demitir. Mas afinal não ia e, pelos vistos, era só uma brincadeira.

A vida não pára. As coisas mudam. Os partidos renovam-se. Uns entram, outros saem. Mas uma coisa é certa. Não se deve dar valor a pessoas que destruíram o PSD, que estiveram sempre agarradas aos lugares e que obtiveram resultados eleitorais históricos. E históricos, sempre, e para mal do PSD, pelas piores razões.

5 comentários:

Anónimo disse...

Pois é o 'ruído' é apenas de pessoas mal formadas. Senão vejamos: houve e leições, os candidatos tinham programas, houve um congresso com moção aprovada. Tudo isto pela maioria dos miitantes -e sem chapeladas!.

Qualquer militante pode discordar e também dizer por que discorda- NÃO PODE É DIZER QUE A MAIORIA SÃO LADRÕES, BANDIDOS, porque não concorda com ela.

É óbvio que muitos dos nomeados e eleitos nos últimos anos não têm qualificações, nem qualidade para ocupar os lugares onde estiveram/estão. Deram -E DÃO- mau nome ao partido. Mas depois da hecatombe ainda querem ficar, porque são profissionais do lambe-botas e do tacho. Sabem que há melhor e por issso não serão escolhidos, logo a única maneira de ficarm, é derrubar a direcção, fazer o frete ao PS e esperar o pagamento - como Paula Teixeira da Cruz e outros no BCP e CML...

Pois é ainda naõ vi nenhuma 'élite' sair -eu pagava o táxi até à nacional para entregarem o cartão...

Quanto ao Capucho que CHANTAGEOU OS CONSELHEIROS NACIONAIS, perdeu o tino e o meu respeito. Agora que esperavamos que fosse homem de palavra -como o meu antepassado Egas MOniz, que preferia morrer a ser chamadado sem palavra- quando agradeceram os serviços ao PSD e à democracia em Portugal, o senhor disse que o tinham saneado. Perante isto lembrei-me do companheiro Alberto João e cito-o «está tudo grosso!»

Calem-se que os laranjinhas -aqueles que sempre deram o corpo ao manifesto E NUNCA RECEBERAM TACHO- estão fartos de 'ILUMINISTAS' OU 'ILUMINADOS' de Orientes esconsos.

Anónimo disse...

agora vai ser uma seta em fundo azul.

E disse...

O Capucho cumpriu e sai de presidente da mesa de assembleia de secção de Cascais, a contar desde hoje. A razão foi amplamente explicada, já que ele teria a responsabilidade de supervisionar o acto eleitoral e não aceitava estes regulamentos.

Ainda não percebeste mas estás-te a meter num buraco sem fundo. E quanto a resultados históricos maus, deves estar mesmo a referir-te ao resultado histórico - pela negativa - de Pedro Santana Lopes.

Era só o que faltava um militante quando discorda das tomadas de decisão, ter que estar calado e mostrar respeito e obediência ao "chefe da aldeia". Lá se vai a defesa da liberdade de expressão, agora que se apoia a facção que está no poder. Convém, não é?

Hipócrita!

Anónimo disse...

EM desculpe, mas o melhor resultado foram os 15% aqui na minha terra -isso é que foi uma vitória!

Le haim!

Anónimo disse...

EM desculpe, mas o melhor resultado foram os 15% aqui na minha terra -isso é que foi uma vitória!

Le haim!