terça-feira, 27 de novembro de 2007

Lisboa e o PSD para 2009



Confesso que não tenho estado particularmente atento ao que tem acontecido nas últimas semanas, por motivos académicos, mas tenho, desde já, uma consideração a fazer.
Pelo que tenho lido, o PSD, em Lisboa, tem um desafio grande até 2009. Esse desafio é criar uma equipa ganhadora e ganhar as Câmaras Municipais que perdeu, por culpa própria, nos últimos anos, que deixam a todos nós as piores das possíveis recordações, enquanto militantes do PSD, do Distrito de Lisboa, que todos somos.
Não sei que passos foram dados nesse sentido, nem pela Direcção Nacional como Distrital do Partido, mas temo que o PSD se volte a apresentar aos eleitores do Distrito de Lisboa com as faces que foram os meios da penosa intervenção mendista e, consequentemente, as causas e as caras da derrota catastrófica que obtivemos em Lisboa.
O PSD tem já um argumento-contra na Câmara Municipal de Lisboa. Em 2009, António Costa vai dizer aos lisboetas que o que não conseguiu fazer foi culpa da Assembleia Municipal, que, contra o bom senso, decidiu continuar nas suas funções, apesar da queda da Câmara. Essa foi, na minha opinião, uma má decisão, que pode voltar a deitar tudo a perder em 2009. E essa decisão tem uma cara: Paula Teixeira da Cruz.
Mas não é a única cara. Todos os vereadores do PSD na Câmara, os conhecidos pelos lisboetas por terem traído Carmona Rodrigues, funcionando como os bonecos telecomandados de Marques Mendes, também são caras dessa derrota, que todos pagámos bem caro.
Lembro-me que, na altura, muitos se aperceberam do pântano a que estas caras levaram o PSD em Lisboa. Apercebemo-nos a tempo, mas fomos impotentes. Hoje, a impotência não existe e estou convicto de que todos os que, na altura, partilhavam a minha opinião sabem que o PSD, para atacar 2009, tem de levar algumas caras das passadas grandes vitórias e impedir que o parasitismo, que se originou com o mendismo, se volte a apresentar como forma de resolução...de um problema que eles próprios causaram.
Isso não pode acontecer. O PSD tem de começar a pensar já na forma como vai atacar 2009. Porque o objectivo é difícil. Mas está longe de ser impossível. Basta ter a equipa e as pessoas certas nos lugares certos.

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