terça-feira, 22 de setembro de 2009

Já de Olhão no Dragão


A menos que o Sporting sofra golos ou que leve um puxão de orelhas e uma assobiadela por parte dos adeptos, nas primeiras partes da equipa não se passa nada.
Hoje, contra uma boa equipa do Olhanense, a história repetiu-se. Também é verdade que a passividade e a aselhice da maior parte dos defesas do Sporting ajudaram aos dois golos dos jovens que trocaram, por um ano, as camisolas azuis e brancas pelas encarnadas e pretas. Até apanhar esses dois sustos, voltámos a não ver um rasgo no meio-campo nem a frieza na hora de "pôr a bola lá dentro".
Depois do 2-0 (e do puxão de orelhas das bancadas), a equipa foi outra. A vitória acabou por ser merecida e a sensação, no final do jogo, é de que o resultado foi justo. Se, até ao 2-0 do Olhanense, os "algarvios" venciam fácil e indiscutivelmente, o resultado do Sporting também foi merecido, pela reacção da equipa.
Importa dizer que o golo que deu o empate antes do intervalo resulta de um erro inacreditável do árbitro. Foi bola no peito. Mas, antes desse lance, fiquei com a ideia, que continuo a ter depois de ver o lance repetidas vezes na televisão, que o Miguel Garcia cortou a bola com a mão, na linha de golo. Devia ter sido penalty e expulsão, porque a bola, se não tivesse tocado na mão, entrava na baliza. Foram dois erros: um penalty por marcar e outro penalty mal assinalado. A lei da compensação não justifica o segundo erro do árbitro, mas faz com que se justifique o 2-2 ao intervalo.
Uma nota mais, para dizer que falei hoje com alguns amigos sobre o penalty de ontem a favor do Benfica. Quando vi pela primeira vez o lance, com a televisão sem som, fiquei com a ideia de que o árbitro iria marcar livre indirecto por atraso para o guarda-redes. Essa ideia foi partilhada pelos meus amigos. Ficámos, todos menos os benfiquistas, espantados com o assinalar de uma grande penalidade. Porque o jogador leiriense chegou primeiro à bola e cortou-a. De forma limpa. A menos que a lei tenha mudado recentemente, mesmo quando existe jogo perigoso é livre indirecto. Mas não há jogo perigoso quando um jogador corta claramente a bola, quando chega primeiro à bola do que o adversário. E, estando a bola no ar, os defesas não têm culpa de que os adversários sejam baixinhos. Mas a lei que prevalece é aquela de que, na dúvida, se marca a favor do Benfica. Mesmo quando não há dúvidas.
Quanto ao Porto, que perdeu com o Braga, nada posso dizer. Não vi o jogo. Mas perder com este Braga, líder indiscutível, não pode ser surpreendente. São sempre jogos de 1x2.
Mas será muito difícil ao Sporting vencer no Dragão. O Porto nunca perde 2 vezes seguidas. E, a dar constantemente as primeiras partes aos adversários, o Porto, vendo-se na condição de adversário do Sporting, não costuma perdoar.
Contra uma espécie de "Porto B", vencemos com muito suor. Ganhar no Dragão só é possível se a entrega for ainda maior e começar logo no minuto zero.

Sem comentários: