segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O grande vencedor das eleições


O PS não conseguiu a maioria absoluta que pediu aos portugueses até 6 de Junho passado e desde quarta-feira para cá. Perdeu mais de 20 deputados, mais de meio milhão de votos e uma maioria absoluta. Dificilmente conseguirá governar até 27 de Setembro de 2011.

O PSD não conseguiu a vitória que desejava e em muitos acreditávamos, sobretudo desde o dia 7 de Junho deste ano. Aumentou o número de deputados e teve mais 7 mil votos do que em 2005. Mas perdeu as eleições. O segundo lugar é uma derrota para um partido que quer ser poder.

O Bloco de Esquerda duplicou o número de deputados, teve mais 200 mil votos, assumindo-se como a principal força da oposição à esquerda do Partido Socialista. Mas não conseguiu ser o 3º partido, como há muito vinha ambicionando. E este ainda a alguma distância dos números para os quais algumas sondagens apontaram durante os últimos quatro anos e meio. Também não conseguiu o objectivo de fazer com que a maioria socialista dependesse apenas do Bloco.

A CDU ganhou um deputado, conseguiu ter mais 14 mil votos do que em 2005. Mas deixou de ser a terceira força política, passando a ser a quinta força - entre aquelas que estão na Assembleia, a CDU é, agora, a força que tem menos expressão.

Ainda entre os derrotados, está o MEP, que conseguira mais de 50 mil votos há 3 meses e, com uma afluência às urnas muito maior do que nas Europeias, teve metade dos votos e deitou por terra o objectivo de eleger um deputado.

O CDS acaba por ser o grande vencedor das eleições. Teve mais 3,2% do que em 2005, aumentou em 7 o número de deputados e alcançou os tão desejados 2 dígitos. Passou a ser a terceira força na Assembleia da República. Venceu-se a si próprio, venceu aquela tese de que era um partido em extinção e conseguiu vencer ainda todas as sondagens. É, por isso, o único grande vencedor das eleições. Mas Portas tem agora a responsabilidade acrescida de não defraudar o seu eleitorado, que votou nele e não votou em Sócrates.

3 comentários:

Maria Ana Castello-Branco disse...

É, ele foi o grande vencedor, concordo plenamente. Mas quem fica mesmo mesmo a perder somos nós, nas nossas casinhas e nós nas nossas vidinhas singelas.

O caminho, agora, é sempre em frente.

Alexandre Poço disse...

Totalmente merecedor! O seu "falar claro" permitiu que o povo soubesse o que pensava. Usou e repetiu até à exaustão determinadas bandeiras a que povo aderiu. O CDS merece, não só pela excelente campanha como pela oposição durante os 4 anos de governo PS.
Um abraço

Anónimo disse...

E porquê?
Eis a questão que vale um milhão de euros!