quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O país imediatamente a seguir às eleições


Logo no dia a seguir às eleições, o país estava já a voltar à normalidade. Um reflexo disso foi a venda por parte da PRISA de uma parte da Media Capital à Ongoing, numa percentagem que vai permitir com que a empresa que recentemente foi buscar José Eduardo Moniz assuma funções de administração.
O que quer isto dizer? Que Moniz poderá estar de volta, assim como Moura Guedes, o Jornal de 6ª...enfim, pode-se dizer que vamos voltar a ter uma TVI - televisão independente.
É claro que uma biografia, até agora aparentemente censurada, sobre José Sócrates tem mais probabilidades de poder ser publicada.
Mas também é claro que, entretanto, Portas conseguiu um resultado que faz com que o PS possa vir a depender dele para governar e que já teve, por isso, inesperados inconvenientes.
Também é claro que, entretanto, o Presidente da República fez uma declaração ao País onde faz acusações gravíssimas a vários socialistas.
Também é claro que os socialistas, que, por estarem no poder, voltaram a vestir aquele fato arrogante e autoritário, responderam de uma forma grosseira, quase ordinária, visto que o alvo era o chefe de Estado.
Também é claro que vamos ter autárquicas e que, sabe-se lá porquê, é nesta altura que alguns jornais descobrem alguns casos sobre candidatos às autarquias. Numa campanha orquestrada que apenas visa lançar suspeitas e descredibilizar aqueles que se candidatam.
Sabemos muito bem a quem isto interessa. E teremos, nós portugueses, de estar mais solidários uns com os outros nos próximos tempos. Porque, além da crise nacional que a conjuntura externa veio agravar ainda mais, temos uma maioria relativa que parece ser muito mais influente, dominante, prepotente e repressiva do que a percentagem que essa mesma maioria representa.
Passaram umas eleições e, delas, já passaram três dias e continua a falar-se de asfixia democrática e de falta de liberdade em Portugal.

3 comentários:

Maria Ana Castello-Branco disse...

Asfixia democrática é os socialistas andarem a controlar tudo neste país, ou quase quase tudo. Que até em tempo de eleições inventam manobras de diversão para desviar a atenção dos portugueses da realidade que se esta a passar no país.
E eu continuo a ver os meus pobres e mendigos na rua todos os dias. E eu continuo a ver exactamente as mesmas pessoas a queixarem-se. E eu continuo a ver as pessoas descontentes com o que se esta a passar neste pais. E eu continuo a ver as gerações futuras a quererem abandonar o país porque este está "ingovernavel" (mas imaginem daqui a uns anos com os jovens de hoje como vai estar pior).

A vida continua. Mas a luta tambem.

Maria Ana Castello-Branco disse...

não é meus é mesmos*

António Lopes da Costa disse...

Antes exilavam-se. Eram outros motivos.
Hoje, jovens ou não, vão embora à procura de um país melhor. De mais qualidade de vida. De serem recompensados pelos seus conhecimentos. De serem valorizados. De pagarem na proporção da garantia dos seus direitos por parte do Estado.
Assitimos, Maria, a uma autêntica debandada.
Aproveito para te dar a conhecer a história de um homem, dizia que era de Amarante, e trabalhava na Suíça na construção civil. Conheci-o no aeroporto de Genève. Ganhava, na Suíça, 5000 euros por mês e tinha ainda casa e alimentação por conta do empregador.
Parece mentira. Mas não era mesmo. Que ele me mostrou, a mim e ao meu pai, os papéis todos que confirmavam isso tudo.
Ok, que é um país rico. O problema é que nós, depois de tantos governos e de tantos anos de democracia, estamos cada vez mais pobres quando comparados com países ricos. Estamos cada vez menos desenvolvidos. Ao mesmo tempo que a nossa população é cada vez mais competente.
Vale cada vez mais a pena viajar e conhecer o mundo. Porque é lá fora que nos apercebemos do atraso enorme que temos para com a linha da frente da Europa. Estamos cada vez mais na cauda...e isso deveria ser motivo para séria reflexão.
A sucessão de governos socialistas só pode ser explicada por 2 ismos: masoquismo e egoísmo.

Beijinhos, boa noite.